terça-feira, 28 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Um concurso inteligente e um pedido de patrocínio



Projeto Lego Robótica



O campeonato de Lego Robótica acontece anualmente e este é o terceiro ano que a Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva participa. Trata-se de um evento mundial organizado pela First Lego League.

A FIRST LEGO League (FLL) é um programa global criado para envolver e incentivar jovens no mundo ciência e tecnologia. Com participantes entre idades de 9 e 15 anos, a FLL utiliza temas baseados em desafios para engajar os estudantes na investigação e resolução de problemas, colocando-os em contato com o mundo da engenharia Os pilares do programa são os seus valores fundamentais, os quais enfatizam: contribuir com os colegas, espírito desportista, aprendizado contínuo e envolvimento com a comunidade. Cada desafio anual tem duas partes, o Projeto de Pesquisa e o Robô. Trabalhando em equipes de até 10 jovens, todos guiados por pelo menos um adulto. Os membros têm um curto período de tempo para:

Criar um robô autônomo que, em 2 minutos e 30 segundos, deve executar missões pré-estabelecidas

Analisar, investigar, e inventar uma solução para uma dada tarefa.

Criar uma apresentação sobre sua solução inteligente e demonstrá-la para a banca de jurados.



Os juízes assistem aos robôs nas partidas, marcando a pontuação dos jogos. Jurados revisam as apresentações do Projeto de Pesquisa das equipes. As equipes ganham prêmios e troféus em um ambiente de muita diversão, reconhecimento e aprendizado.



Em 2010, o tema para a pesquisa é Transportes. Nossa equipe, denominada Conectados, escolheu o problema das Passagens de Nível em Curitiba. Queremos apontar uma solução relativa a uma sinalização mais eficaz do que as atuais nas PN. Os alunos fizeram uma pequena campanha de conscientização na PN do Terminal do Capão da Imbuia e no trilho de acesso à oficina na Rua Emílio Bertolini, onde circulam muitas pessoas e alunos da escola. Recolhemos um grande volume de pesquisa, tendo como fonte principal a internet. Recolhemos informações sobre as PN em Curitiba e região metropolitana, dados de acidentes (e a redução deles após implantação de medidas de segurança), campanhas de segurança realizadas pela ALL e também sobre a contestação da empresa à lei que impõe horários para a circulação dos trens em período noturno. Todo esse volume de pesquisa foi apresentado em 10 minutos, de forma criativa e envolvente, incluindo a montagem dos equipamentos. A equipe precisa também divulgar seu trabalho na escola, internet e outros.

Participamos do Campeonato Regional no mês de setembro e fomos classificados para o Campeonato Brasileiro de Robótica em São Paulo que acontecerá dias 4 e 5 de dezembro. A Secretaria Municipal de Educação patrocinará a inscrição, deslocamento até São Paulo, hospedagem e alimentação. A América Latina Logística patrocinará as camisetas da equipe. Agora estamos precisando de um Notebook, pois toda a programação do Robô é feita no computador. No Campeonato Regional levamos um computador da escola, porém para São Paulo ficará mais difícil o transporte de um equipamento maior.

Estamos solicitando ajuda de instituições e pessoas físicas nesta empreitada de conseguir um notebook.

Agradecemos imensamente!



Equipe de Lego Robótica CONECTADOS (Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva)



Diretora: Anaí da Luz Rodrigues Santos

Fones: 33662989 / 84111778

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Copa do Mundo - manifestação IEP e IAB

Sr Governador,

Nos ultimos 10 meses insistimos para que o Comite Estadual da Copa, que integramos a seu convite, se reunisse para propor e discutir alternativas para a organizacao da Copa do Mundo de Futebol. Sem sucesso propusemos encontros de Sub-Comites, reunindo as entidades por area de atuacao, o que tambem nao deu resultado positivo. Todo este tempo acompanhamos pela midia a evolucao do processo, sem poder intervir de nenhum modo.

No dia 13 de agosto divulgamos o Manifesto das Entidades de Engenharia e Arquitetura sobre a Copa de 2014, expressando publicamente nossa preocupacao com a falta de embasamento tecnico nas propostas divulgadas.

No dia 17 de agosto participamos de uma reuniao do Comite Municipal da Copa, onde reiteramos nossa preocupacao com a utilizacao do Potencial Construtivo como forma do governo municipal financiar a adequacao do estadio do Clube Atletico Paranaense.

No dia 14 de setembro, na Escola de Governo, fomos informados de que a decisao havia sido tomada, por um pequeno grupo, e seria anunciada em breve.

As poucas entidades que compoe o Comite Estadual presentes ficaram bastante decepcionadas pois nao puderam contribuir com suas competencias, apenas servimos para respaldo publico.

Apesar de a cada momento serem mais limitadas as opcoes por boas solucoes, o IEP, em conjunto com as entidades co-irmas, seguira buscando contribuir na busca e conducao de propostas que melhor resguardem o bem comum.

IEP

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COPA DE 2.014 EM CURITIBA.

MANIFESTO DE ENGENHEIROS E ARQUITETOS PARANAENSES.


As entidades representativas dos profissionais de engenharia e arquitetura, colocados na condição de expectadores no campo da copa 2.014, decidem se manifestar sobre o espetáculo.

Considerando que:

• "Todas as decisões que envolvem o interesse público são políticas; mas não terão sustentabilidade sem o embasamento técnico de engenheiros e arquitetos".

• "Curitiba é reconhecida nacional e internacionalmente pelo planejamento, projetos e obras realizados por engenheiros e arquitetos paranaenses".

• "O esporte é atividade imprescindível para jovens e adultos, e é para este público que devem se criados espaços adequados à prática permanente".

• "Os equipamentos causam impactos na malha urbana, de vizinhança e de mobilidade".

• "Incentivar o esporte significa também promover a inclusão social e o desenvolvimento humano por meio de programas sócio esportivos, institucionalizar o esporte educacional, atingir resultados inéditos nas competições e assim projetar o Brasil no ranking do alto rendimento, incrementar nossa infra estrutura esportiva, modernizar e valorizar o futebol como identidade cultural do Brasil, ampliar o leque de modalidades para diversificar a prática esportiva no país, qualificar a gestão do esporte e do lazer, aproveitar o potencial econômico-social dos grandes eventos, a melhoria da qualidade de vida, a oferta de perspectivas à juventude e o fortalecimento do respeito do mundo por nossa pátria ".

• "Em Curitiba, no Paraná e no Brasil existem poucos equipamentos adequados (públicos ou privados) e sustentáveis, sobre o aspecto ambiental, para o desenvolvimento e formação de atletas e para-atletas profissionais".

• "Clareza na relação do bem público com o privado é imprescindível, para garantir transparência de negociações e ajustes na escolha do local adequado para o evento".

Os engenheiros e arquitetos paranaenses manifestam inconformismo com o encaminhamento do processo para adequação das condições para a realização da Copa em Curitiba, pela lentidão, faltas de estudos de alternativas e a busca de direcionamento para solução que não se enquadra nos itens técnicos considerados.


Reiteramos como alternativas as opções pelo "estádio Pinheirão", e o "estádio da Vila Capanema", que apresentam características mais adequadas à implantação de um projeto de múltiplo uso.

1. A logística de localização viária, integrando os modais de transporte; viário, aeroviário e ferroviário.

2. A redução dos investimentos necessários na remodelação prevista da Avenida das Torres e na realização da via verde.

3. O "partido" do projeto deve levar a marca da nossa cidade, a ARENA ECOLÓGICA DE CURITIBA, onde acontecerá a promoção do esporte de rendimento para projetar o Brasil como potência esportiva mundial. Ficar entre os 10 melhores colocados nas olimpíadas conforme definidas na Conferência Nacional dos Esportes.

4. As alternativas, Vila Olímpica ou a Vila Capanema,
envolvem bens públicos e podem ser beneficiárias de investimentos públicos diretos e indiretos como isenção de impostos, créditos de solo criado ou marketing direto de empresas estatais.

5. A possibilidade de seleção dos projetos de arquitetura e licitação para construção da ARENA ECOLÓGICA DE CURITIBA através da modalidade do Concurso Público, conforme estabelece a legislação em vigor (Lei Federal N°. 8.666/93), privilegia também a qualidade dos projetos.

6. O prazo necessário para a realização dos projetos para a implantação deste equipamento esportivo é suficiente desde que haja integração entre os atores: públicos, privados e do terceiro setor.

7. A integração no processo, do Conselho Estadual do Esporte, habilitando o estado a receber recursos federais para viabilizar a iniciativa.



Curitiba, agosto de 2010.


INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL PR

INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Una opinião

Soja, carne bovina e minério de ferro estão na liderança das exportações brasileiras. E, mais recentemente, as Havaianas (que aqui são baratas, mas nos EUA e nos países da Europa são comercializadas a preços consideravelmente mais altos), bem como os ônibus da Marcopolo e os aviões da Embraer.



Isso mais ou menos pára por aqui! A realidade é que para exportar é preciso inovar e o Brasil ainda está para trás em matéria de inovação.



É certo que os brasileiros sempre foram criativos (até como uma questão de sobrevivência em um país onde nem tudo funciona do jeito que deveria, e que ainda possui enormes entraves burocráticos, por todos os cantos).





Acontece que criatividade não significa inovação!



Para que se obtenha sucesso em inovação são necessários outros ingredientes, como cultura, processos adequados, disciplina, organização e pressão estimulada pela competição. Por muitos anos, o Brasil não deu muita atenção a esses requisitos da inovação.



Agora, embora a mudança ainda seja lenta, ela vem ocorrendo! Hoje há muito mais estímulo à inovação, inclusive por meio de leis específicas, incentivos fiscais e empréstimos a juros baixos (como o que a COPEL TELECOM está tomando, junto à FINEP).Essas oportunidades precisam ser aproveitadas!



Ontem, o Dr Ravedutti informou em uma palestra, proferida na FIEP, que a COPEL passou a ser a quarta empresa que mais investe em P&D no país, atrás somente da Petrobras, Vale e Embraer, dado que eu desconhecia e que achei fenomenal!



A COPEL TELECOM atua em banda larga, disponibilizando infraestrutura física. Agora, estamos buscando viabilizar o BEL-i9, cujo objetivo é a produção de aplicações e conteúdos inovadores para as redes de banda larga e o incentivo aoempreendedorismo, gerando novos negócios, empregos e renda. Isso significa desenvolvimento social e econômico para o Paraná.



E conteúdos digitais não têm limitação geográfica, sendo assim mais facilmente "exportáveis".



O BEL-i9 é um projeto que deve nascer em ambiente adequado (por isso estamos buscando viabilizá-lo com a UFPR) e já dentro de uma cultura de inovação, de forma que possa aproveitar os inúmeros benefícios que estão hoje disponíveis (Lei da Inovação, em particular).



O brasileiro, como disse acima, é muito criativo. Além disso, é rápido em adotar novas tecnologias. É preciso agora, somente, que nos voltemos mais a empreendimentos que visem a inovação, e que esses sejam valorizados e incentivados.



Marcos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

UFPR - Prédio ambientalmente moderno

Prezado Amigo Cascaes,

Não perca a notícia publicada no caderno Imóveis, do jornal Gazeta do Povo, de 02.06.2010 sobre o paisagismo funcional em prédio dado laboratório de Genética da UFPR.
Será um prédio sustentável com certificação emitida pelo Green Building Council Brasil para prédios sustentáveis.
A cobertura do prédio será totalmente verde e, uso racional de águas pluviais.
É um exemplo que deve ser seguido por outros empreendimentos imobiliários.

Abraços

CL Tosihiro Ida



http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1009700&tit=Paisagismo-funcional-em-predio-da-UFPR

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Ministério Público do Paraná e as enchentes

Uma excelente notícia: o promotor de Justiça do Centro de Apoio da Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MP), Dr. Sérgio Luiz Cordoni, exige estudos e ações para se evitar tragédias desnecessárias por efeito das chuvas em Curitiba[i]. Ótimo!

Precisamos do MP mais do que nunca, pois a especulação imobiliária e o efeito de coisas como a “Lei do solo criado” e a ocupação de áreas de risco acrescentam problemas a uma cidade que, infelizmente, cresce demais sobre pneus.

Assim pede mais asfalto, estacionamentos etc. com um sistema de drenagem de águas pluviais antigo e suspeito de fragilidades em algumas regiões de Curitiba. Lembrando também a possibilidade de manutenção inadequada a tudo o que existe, passamos a entender tanta água fora do lugar diante de qualquer chuva mais forte.

Precisamos de auditorias, estudos feitos por profissionais competentes, obras realizadas com rigor técnico e manutenção permanente dos sistemas e instalações existentes.

O que é problema poderá ser uma tremenda oportunidade de recuperação e ampliação das redes de distribuição e coleta de águas.

COPEL, SANEPAR, PMC e outros poderão criar padrões de ampliação da rede de energia e água com troca de tubulações, construção de galerias e áreas de acumulação de água resolvendo, ou melhor, ajustando ao razoável os sistemas de drenagem, a distribuição de energia (subterrânea), telefonia/internet, posteamento (iluminação pública), calçadas, arborização etc. Essa reconstrução corrigiria, inclusive, os problemas de acessibilidade[ii] e mobilidade[iii] de pedestres e ciclistas (a rede cicloviária de Curitiba[iv] está abandonada), que são gravíssimos em Curitiba.

Um trabalho em equipe dessas empresas viabilizaria uma transformação radical da cidade, se feito de modo a se resolver simultaneamente diversos problemas existentes. Um grande programa, se bem feito, certamente terá o apoio do BNDES e do Governo Federal como um todo. Podemos dar um show, pois aqui existem excelentes profissionais e instituições já antigas e outras menos, todas, contudo, monitorando o clima e atendendo o povo do Paraná em diversos tipos de serviços.


Falamos, obviamente, da COPEL[v], SANEPAR[vi], SUDERHSA[vii], LACTEC[viii], SIMEPAR[ix] com recursos extraordinários (pelo menos humanos) e muitas universidades formando profissionais nesse sentido.

Felizmente o Governo Federal já fala em trem de grande velocidade e em construir estádios faustosos para a Copa do Mundo, ou seja, estamos saindo do pesadelo da quebra financeira do Brasil.

Agora é hora de novos planos de urbanização, recuperação de dignidade, humanização do Brasil.

Temos histórias ruins e nossos antropólogos e historiadores, com o apoio de sociólogos, começam a contar onde nossos ancestrais erraram. O livro (Quase - cidadão) tem em seu último capítulo (Partindo a cidade maravilhosa – Brodwyn Fischer) muitas semelhanças com o que vemos na RMC e a coleção (História da Vida Privada no Brasil) é a história de um Brasil, que não soube se modernizar de forma saudável.

Felizmente vivemos em uma época de reanálise desse passado não muito distante, podendo, com obras como (História da Cidadania), repensar nossa forma de ação.

Dependemos ainda de fazer com que nosso time da área econômica valorize mais o desenvolvimento e menos uma lógica monetarista violenta. Precisamos de dinheiro para resolver questões urbanas, que estão se tornando dia a dia mais assustadoras.

Parabéns ao MP do Paraná e em especial ao Dr. Sérgio Luiz Cordoni que declarou ao Paraná Online[x]: "Chegou a hora de dar um basta nisso. Dizer que choveu demais não convence"

Cascaes
2.5.2010
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[i] http://www.joaocarloscascaes.com/2010/05/o-ministerio-publico-do-parana-as.html
[ii] http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com/
[iii] http://cidadedopedestre.blogspot.com/
[iv] http://cicloviasbrasileiras.blogspot.com/
[v] http://www.copel.com/hpcopel/root/index.jsp
[vi] http://www.sanepar.com.br/
[vii] http://www.suderhsa.pr.gov.br/ 
[viii] http://www.lactec.org.br/pt/?page=instituto
[ix] http://www.simepar.br/
[x] http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/444440/?noticia=MP+QUER+ACABAR+COM+AS+ENCHENTES+EM+CURITIBA?reference_id=5ab34d428818596027f042d59f8add80cd655e4f


BIBLIOGRAFIA

Jaime Pinsky, C. B. (2008). História da Cidadania. São Paulo: Editora Contexto.
Novais, F. A. (1997). História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.
Olívia Maria Gomes da Cunha, F. d. (2007). Quase - cidadão. Rio de Janeiro: FGV.
Sérgio Buarque de Holanda, P. M. (1978). História Geral da Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: DIFEL.

domingo, 2 de maio de 2010

Engenharia e padrões técnicos

Padrões técnicos, EAD e a Engenharia


Não existe Engenharia quando não podemos medir, calcular, ensaiar, definir parâmetros, indicadores, condições limites, enfim, quando não sabemos usar a Matemática e as leis da Natureza para qualquer projeto.
Mais ainda, não existe Engenharia sem a lógica da equação “custo x benefício”. Não chamem um Engenheiro para fazer uma obra sem custos, ele ficará confuso, pois é educado a se impor limites. O profissional desta área precisa ter dentro da cabeça que o preço excessivo de um projeto será um ponto negativo em seu trabalho, assim como a má qualidade do serviço o desabonará.
Aliás, notamos facilmente que empresas, concessionárias, autarquias e até barzinhos desprezam a qualidade, o bom atendimento, a preocupação com o cliente. Muitos sobrevivem graças à forte propaganda, outros por inércia e alguns simplesmente porque não têm competidores, são monopolistas, cartelizados, aplicam a força de suas posições.
Qualidade e custo, contudo, exigem métodos certificados, normas técnicas e o rigor da Justiça para a punição daqueles que erram. Como no Brasil a Justiça anda sobrecarregada com fantasmas[i], mensalões, crimes comuns etc. ainda não chegamos ao ponto de acioná-la de maneira eficaz para o cumprimento de contratos de compra, concessão, regulamentos e especificações de produtos e serviços.
Felizmente aos poucos a mídia vai descobrindo esse filão de reportagens...
Vale pensar, por exemplo, nos passeios, calçadas, nos circuitos de pedestres sob e sobre os quais as prefeituras deixam fazer de tudo e instalam, eventualmente de forma precária, serviços essenciais sob responsabilidade delas.
O tema calçadas merece muitos cuidados[ii], que em pleno século 21 ainda não temos em Curitiba, cidade considerada (perigosamente) modelo de urbanismo[iii]...
Afinal, qual é a resistência ao escorregamento[iv] aceitável nas calçadas, tão bem definido para pisos interiores? Que tipo de ensaio padrão seria feito para medir esse parâmetro? Um detalhe técnico dessa espécie evitaria muitos acidentes.
Mais ainda: que padrões seriam exigidos para a canalização de águas servidas e para as águas pluviais? Os postes estariam onde? Qual seria o padrão mínimo de iluminamento noturno? Como fazer decoração nos passeios? Se partilhando espaços com ciclovias, que segurança adicional seria determinada? Arborização, de que tipo? Como calcular a largura dos passeios em função do fluxo de pessoas (caminhando ou com bicicletas)? Os estacionamentos e entradas de garagens seriam construídos de que jeito? O meio fio, os desníveis, que tolerâncias? Garantem acessibilidade e segurança? Finalmente, deixando de falar de muitos outros aspectos importantes de nossos passeios, é correto deixar as calçadas sob responsabilidade dos proprietários dos imóveis[v]? A responsabilidade pela construção e manutenção não poderia ser das prefeituras[vi]?
Nossa civilização transforma-se rapidamente. Vemos instalações superadas, cidades perigosas, gente sofrendo porque demoramos a corrigir situações de risco, no mínimo anacrônicas.
Não valorizamos o EAD[vii], aceitamos carimbos e números de registro, plantas e papéis que não auditamos, deixamos as coisas acontecerem, afinal temos amigos, convênios, bolsas, empregos que não podemos perder.
EAD? Sim, o profissional século 21 precisa estudar sempre.
Tem tempo para freqüentar universidades (aliás, antiecológicas, quando exigem o deslocamento de milhares de estudantes para salas de aula diariamente)? Com o Ensino via internet, DVDs, “pen drives” e até em microcomputadores dedicados, pré programados, que adquiriria com o curso completo [viii]poderia estudar quando e onde quisesse e pudesse (mais facilmente do que se for obrigado a se deslocar toda noite para admirar algum mestre iluminado).
Normas técnicas, padrões construtivos, manutenção rigorosa, laboratórios especializados, equipes bem formadas, EAD e literatura técnica abundante, de baixo custo e acessível na área de Engenharia[ix], temos isso tudo no Brasil?
Catástrofes[x], acidentes, poluição, agigantamento das cidades, tudo recomenda máximo rigor técnico e atualização de critérios de acordo com padrões de sustentabilidade e urbanidade saudável.
Precisamos de excelentes engenheiros.

Cascaes
2.5.2010

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[i] http://www.joaocarloscascaes.com/2010/05/pagamos-impostos-para-onde-vai-o-nosso.html
[ii] http://cidadedopedestre.blogspot.com/2008/07/ofcio-propondo-estudo-sobre-especificao.html
[iii] http://jcbcascaes.blogspot.com/
[iv] De todos os indicadores talvez o mais importante, algo a ser decidido por aqueles que analisarem alternativas e puderem estabelecer padrões, é a resistência ao escorregamento, que indica a segurança que o usuário possui ao caminhar pela superfície, principalmente em presença de água, óleo ou qualquer outra substância. O teste ao escorregamento é medido pelo coeficiente de atrito e temos valores indicativos da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (note-se que esses valores poderão ser redefinidos com mais rigor na limitação para calçadas externas, a critério das autoridades).
[v] http://cidadedopedestre.blogspot.com/2009/12/estatizar-as-calcadas.html
[vi] http://cidadedopedestre.blogspot.com/2010/01/as-calcadas-devem-ter-mesma-solucao.html
[vii] http://eadinteligente.blogspot.com/
[viii] Exames podem ser feitos em laboratórios, hotéis, balneários etc., dependendo do luxo que o candidato ao diploma puder pagar, sem as malditas salas virtuais e cursos provavelmente infinitamente mais acessíveis a pessoas com restrições sensoriais e/ou motoras, os tecnocratas do MEC deixam?
[ix] http://ltde.blogspot.com/
[x] http://mirantedefesacivil.blogspot.com/

terça-feira, 13 de abril de 2010

U.S. Department of Energy

U.S. Department of Energy Convenes City Leaders from 25 Markets for Solar America Cities 3rd Annual Meeting


April 13, 2010

The U.S. Department Energy (DOE) today announced the commencement of the 3rd Annual Solar America Cities Meeting, which is being held in Salt Lake City, Utah, one of DOE's Solar America Cities.


Through its Solar America Cities program, DOE has formed strategic partnerships with 25 cities across the nation. These federal-city partnerships are intended to accelerate the adoption of solar technology by engaging city governments because they are significant users of electricity, regulatory entities, and key intermediaries to other stakeholders within their jurisdiction. As the nation's centers of electricity consumption, cities are uniquely positioned to reduce global climate change, strengthen America's energy independence, and support the transition to a clean energy economy by converting to solar energy sources.


U.S. Department of Energy Convenes City Leaders from 25 Markets for Solar America Cities 3rd Annual Meeting


April 13, 2010

The U.S. Department Energy (DOE) today announced the commencement of the 3rd Annual Solar America Cities Meeting, which is being held in Salt Lake City, Utah, one of DOE's Solar America Cities.


Through its Solar America Cities program, DOE has formed strategic partnerships with 25 cities across the nation. These federal-city partnerships are intended to accelerate the adoption of solar technology by engaging city governments because they are significant users of electricity, regulatory entities, and key intermediaries to other stakeholders within their jurisdiction. As the nation's centers of electricity consumption, cities are uniquely positioned to reduce global climate change, strengthen America's energy independence, and support the transition to a clean energy economy by converting to solar energy sources.

At the Solar America Cities Meeting, over 150 local government leaders and national solar experts will collaborate, sharing best practices and innovative ideas for advancing solar energy in communities across the nation. This format will encourage cities to learn from each other in order to replicate those practices that have been most successful and to look for new opportunities to accelerate the market adoption of solar technologies. The meeting will feature educational sessions addressing new solar financing models including community solar and property assessed financing, solar job training, solar permitting and codes, and progress made over the past year in each of the 25 Solar America Cities. Featured speakers will include Cyrus Wadia of the White House Office of Science and Technology Policy, Christopher Flavin of the Worldwatch Institute, Utah's Governor Gary R. Herbert, Salt Lake City Mayor Ralph Becker, and Salt Lake County Mayor Peter Corroon.


The 25 participating Solar America Cities are: Ann Arbor, Michigan; Austin, Texas; Berkeley, California; Boston, Massachusetts; Denver, Colorado; Houston, Texas; Knoxville, Tennessee; Madison, Wisconsin; Milwaukee, Wisconsin; Minneapolis-St. Paul, Minnesota; New Orleans, Louisiana; New York, New York; Orlando, Florida; Philadelphia, Pennsylvania; Pittsburgh, Pennsylvania; Portland, Oregon; Sacramento, California; Salt Lake City, Utah; San Antonio, Texas; San Diego, California; San Francisco, California; San Jose, California; Santa Rosa, California; Seattle, Washington; and Tucson, Arizona.


The goal of the Solar America Cities program is to increase the use and integration of solar energy in communities across the U.S. This effort supports DOE's goal of generating 10-15% of the nation's energy from solar sources by 2030.

For more information, see the Solar America Cities Web site.

http://www.solaramericacities.energy.gov/

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Avaliação de riscos técnicos nos serviços essenciais

Risco técnico e as agências


A relação entre usuário de serviços públicos, as concessionárias e os poderes concedentes tem sido prejudicada pela falta de visão enérgica e perspicaz do cidadão comum sobre o produto que lhe é oferecido. Nosso povo ainda vive na crença do paternalismo de Estado ou de algum político amigo ou ainda, simplesmente, sem consciência de padrões adequados que paga e deveria receber.

O processo de privatização de concessionárias de serviços públicos separou algumas atividades do Estado, ainda que, em muitos casos, as empresas continuem sob controle acionário de fundações de estatais, ou seja, indiretamente do Governo.

Com a Constituição Federal de 1988 e após sua proclamação alguns instrumentos de defesa apareceram com mais força, destacando-se o PROCON, o Ministério Público, Código do Consumidor e outros assim como algumas ONGs dedicadas à defesa do cidadão comum e de empresas contra abusos das concessionárias e, para essas delegadas, contra eventuais radicalismos do Poder Concedente.

Lamentavelmente as agências reguladoras encontram dificuldades para se estruturarem e, obviamente, precisam de tempo, treinamento e ferramentas abundantes e poderosas para exercerem suas funções.

A situação é mais delicada quando se trata da avaliação de riscos de Engenharia (projeto, especificação, construção, operação assim como avaliação da aplicação de normas técnicas e uso de técnicas e procedimentos determinados por exigência dos contratos de concessão).

Temos observado uma ênfase quase radical, dependendo da unidade (município, estado ou União), nas questões tarifárias e ambientais, desprezando-se a qualidade, a confiabilidade, o conforto, a oportunidade de se oferecer serviços e produtos de acordo com as necessidades do cidadão, comunidades, cidades e empresas.

A ênfase nas tarifas e a colocação de outros atributos em segundo plano são compreensíveis diante das dificuldades econômicas que o Brasil enfrentou (inflação, dívidas, insegurança institucional). Felizmente nosso povo começa a viver em melhores condições, podendo querer qualidade na medida de sua capacidade e desejos de vida.

Assim sendo uma nova disciplina pode ser criada para formação de nossos profissionais de agências reguladoras, a avaliação de risco técnico, algo que também se aplica muito bem às seguradoras e às próprias concessionárias.

Sempre lembrando a relação custo versus benefícios, imaginamos que a preparação desses profissionais começaria pelas noções (tão profundas quanto possíveis) de cálculos e técnicas estatísticas, probabilidade e confiabilidade. Nessas ciências, além das teorias matemáticas, será necessário ensinar aos treinandos a malícia industrial, os riscos da competição extrema, uso adequado de instrumentos de ensaios, medição e calibração, propagação de erros, especificação de instrumentação, formatação e composição de equipes de projeto, construção, comissionamento, manutenção e operação, enfim, em torno da Matemática e da boa Engenharia de que maneira poderemos ter alguma certeza de que o usuário final da concessionária terá o produto que paga.

A utilização de computadores e softwares sofisticados criou mais uma ilusão em potencial, a certeza dos números com muitos dígitos em cima de bancos de dados nem sempre coerentes com a precisão anunciada. Com o máximo de urgência impõe-se educar o analista e usuário de estatísticas e CPDs que sua base de dados pode estar errada, saber com que precisão poderá se manifestar, como poder fazer declarações ajustadas à qualidade das informações e instrumentos de cálculo que usar.

Note-se que a responsabilidade das empresas, que assumem serviços essenciais, é enorme; além da característica “serviço essencial” algumas delas se obrigam a construir e operar instalações com potencial para acidentes catastróficos ao meio ambiente e ao ser humano. Se essas concessionárias assumem riscos e qual é a dimensão desses desafios, para as agências reguladoras o desafio é maior ainda, pois nelas o povo deposita formalmente a responsabilidade da avaliação dessas empresas (privadas ou estatais).

O crescimento do Brasil multiplica instalações e concessionárias de forma acelerada, ampliando substancialmente a necessidade de maior estrutura de regulação e fiscalização. Não interessa à comunidade, que perde, ganhar simplesmente uma compensação, o ideal é evitar acidentes, prejuízos e constrangimentos com efeitos, muitas vezes, irreversíveis.

É correto também pensar que os executivos de empresas prestadoras de serviços essenciais não têm interesse em assumirem riscos excessivos. Felizmente o Poder Judiciário evolui e leis mais severas poderão acontecer, cobrando responsabilidades que custarão muito caro aos que estiverem no comando de atividades faltosas. Lamentavelmente as tragédias acontecem, mas estimulando legisladores, o Poder Judiciário e o próprio cidadão a cobrar, mais e mais, seus direitos e a exigir punição dos maus gerentes.

As agências, bem formadas e equipadas, serão instrumentos de ações e comportamentos preventivos, condição tranqüilizadora a acionistas, clientes finais e atores intermediários.

Nosso desafio é, pois, formar cultura e profissionais preparados para o desafio de garantir ao nosso povo um ambiente seguro e justo.



Cascaes

2.4.2010

domingo, 21 de março de 2010

Quanto e como temos energia elétrica?

Produto real


No XII ENERCON algumas palestras mostraram diretamente ou indiretamente que o Setor Elétrico do Brasil passa por algumas inconsistências, que precisam urgentemente de correções.

Os governos FHC e Lula optaram pelas leis de mercado. Que mercado?

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso perdeu sua carreira política no racionamento de 2001. Se aquele período escuro de nossa história não tivesse acontecido, certamente o sociólogo FHC seria um fortíssimo candidato à reeleição. Para ele e para o Brasil aconteceu...

Os santos padroeiros de Luiz Inácio Lula da Silva devem ser muito fortes, trabalham em equipe, não tiram férias. De uma forma ou de outra os racionamentos por falta de energia não aconteceram, por muito pouco, mas o suficiente para expor as vísceras de um mercado mal feito.

Mercado errado?

Sim, pois se é para existir consumidor livre, todos deveriam ter essa oportunidade.

É um absurdo vermos eletrointensivas com tantos privilégios e sentindo o peso das contas de energia em casa, altíssimas, mais ainda depois de sabermos que as tarifas continham equívocos que engordavam seus valores. Simplesmente não faz sentido a criação de espaços privilegiados de consumidores, sem esquecer que terão o maná da entrada nessa feira de energia de uma quantidade enorme de usinas dentro de 3 anos.

Os grandes consumidores usufruem de privilégios ofensivos ao cidadão comum.

E a energia, existe?

No “mercado persa” dos kWh, há pouco tempo, os consumidores livres e comercializadoras descobriram que a energia, que vendiam, ou não existia ou estava fora do ar por alguma razão técnica qualquer. As duas grandes geradoras que não honraram seus compromissos, pelo que ouvimos no XII ENERCON, uma estatal e outra privada, são enormes. Erraram de que jeito? Pode?

Depois disso confiar em quê?

Tivemos algumas palestras e delas queremos destacar a da D.Sc. Leontina M.V.G Pinto. Diretora Executiva da Engenho, executou sem piedade e com muito humor o famoso mercado, que vende um produto aparentemente esotérico, sem consistência real. Poderia ser diferente, muito diferente se a ANEEL e seguradoras, consultorias competentes, laboratórios bem equipados e independentes pudessem acompanhar, auditar, avaliar tudo o que afeta nossa energia elétrica. Isso não existe para risco e pavor de quem entende.

Vimos situações inacreditáveis de falhas absurdas nesses últimos anos.

Vivemos sob o império da Lei 8666 de algum malfadado ano e o desmonte de empresas que já tiveram quadros de profissionais excelentes. Assim, simplesmente lemos e ouvimos atrasos absurdos, apagões incríveis e acidentes mal explicados num país, que ainda não pode dizer com precisão razoável quanta energia dispõe para entrada imediata, dentro de uma hora, três horas etc..

O importante é o cassino energético, esse continua forte; até quando seremos tão ingênuos?



Cascaes
jccascaes@gmail.com

21.3.2010

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

Qualidade e segurança

Quanta energia o Brasil dispõe

Enron e nós

Qualidade

terça-feira, 9 de março de 2010

As diferenças

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Setor Elétrico Brasileiro