domingo, 26 de junho de 2011

Mudanças na legislação sobre licitações de obras públicas


Foi necessário mergulhar no sufoco da Copa do Mundo para que o Governo Federal acordasse para os equívocos da legislação existente.
A Lei 8.666/93 e outras com esse espírito não impediram os esquemas, acertos e erros dos processos. As denúncias de corrupção existem.
Um dos maiores furos nos editais é o intervalo entre a publicação do edital e a abertura de propostas, definido ao gosto dos licitantes. Deve ser necessário e suficiente à analise de todos e acionamento da Justiça, quando necessário. Temos visto situações de aproveitamento descarado dessa brecha em nossa legislação.
Pior ainda é o próprio edital, via de regra impondo condições estranhas. A desculpa é a aprovação desses processos em Conselhos formados de maneira inadequada. Ou seja, devemos rever a legislação que rege a formação de Conselhos de Consumidores, Usuários e até dos Conselhos de Administração das empresas.
Lamentável, contudo, é sentir que o Governo Federal dispensa bons anteprojetos precedendo os editais, pelo menos. O que se pretende gastar para essa Copa mal cheirosa e inoportuna (acontecerá com o mundo em crise) é um absurdo, que não se justifica com os estudos de viabilidade feitos antes da crise.
O tempo foi desperdiçado e agora a urgência se impõe...
De qualquer jeito nossas leis são passíveis de ajustes, a mais urgente, talvez, seja a dedicada à proteção do meio ambiente. Nela reside muito do que desejamos para o Brasil e seu povo, afinal, não se faz omeletes sem quebrar ovos. Carecemos de clareza em muitos aspectos. O que é crime ambiental? Como evitar atitudes arbitrárias e irresponsáveis? Vale presunção de crime ambiental?
Não existe passo que se dê sem alguma modificação ambiental, quanto mais uma grande obra.
A honestidade é o nosso desafio real.
Que tal punir com o máximo rigor quem corrompe? Por quê o peso maior cai sobre os mais fracos? Quem julga, decide, analisa, prende e arrebenta está preparado para exercer seus poderes em nome da Lei?
Vamos mudar o foco da legislação, direcionando-a contra o corruptor?
É sempre bom lembrar que se uma centena das maiores empresas já suspeitas de criarem esquemas de corrupção fossem acionadas severamente pela Justiça, o exemplo deixaria milhares de outras menores assustadas e a desonestidade nessa área diminuiria substancialmente no Brasil.
Precisamos de bons projetos e execução primorosa de tudo o que feito ou comprado.
Onde estão os laboratórios em condições de avaliar o que é feito? Por quê a ABNT não é transformada em autarquia e as normas técnica oferecidas sem custos pra qualquer cidadão brasileiro via internet, pelo menos? Já imaginaram quantas normas devem reger um copo de água que compramos sem saber [seria inviável ter (comprar) as normas nas condições atuais para uso delas no cotidiano do lar ou de um simples bar] como deveria ser feito e que características apresentar [se é que existe norma brasileira para isso]?
Temos problemas que a FIFA escancarou. Estamos gratos à Copa do Mundo por esse efeito, só isso talvez compense o que será eventualmente desperdiçado. A pergunta, entretanto, é: estamos preparados para discutir de chofre as mudanças da legislação, que o Governo Federal pretende fazer, ou tudo isso apenas será parte do teatro político eleitoral?

Cascaes
26.6.2011



Produto novo é arma da indústria contra rivais

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1137141&ch=



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Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Consórcio Social a favor da PcD

Consórcio Social
Querendo descobrir e motivar investidores e empresários a se dedicarem à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos e soluções a favor das pessoas com deficiência e todas as situações próximas, vamos descobrindo suas dificuldades empresariais e motivacionais.
Podemos fazer muito pela PcD com os incríveis recursos que a Ciência disponibiliza. Para isso, contudo, é preciso querer.
Sem falar em urbanismo, gerenciamento de cidades e coisas dessa espécie, podemos afirmar que existe um tremendo mercado de oportunidades e espaço para pesquisa aplicada nessa área.
Não interessam, em médio prazo ou menos, “papers” com filosofias e teorias complexas. Obviamente todas as teorias em desenvolvimento no mundo serão úteis, não temos, contudo, exceto para alguns setores de maior interesse industrial, laboratórios e pesquisadores com o suporte que vemos em países mais desenvolvidos. Aliás, as nações mais racionais atraem pesquisadores com ofertas tentadoras, eventualmente irrecusáveis, enquanto por aqui... Assim pelo menos devemos nos aplicar em projetos de retorno rápido com menos dinheiro e competência, que sentimos em outros países.
Felizmente temos instrumentos de ação que podem ser utilizados.
O FINEP (Projetos) é um deles assim como outros, bastando existir organização e vontade real de administradores políticos, empresariais e de nossos pesquisadores em Universidades e laboratórios. Pode-se motivar cientistas e empreendedores e ter bons resultados.
A pesquisa e as soluções geradas valem pouco se não se transformarem em produtos de prateleira, comercializáveis, produzidos e vendidos a quem interessar possa. Um bom exemplo pode ser visto e ouvido em  (Maior carência na Escola Esp. Vivian Marçal). Obviamente aí surge a importância do Governo criando estímulos e isenções que poderão, inclusive, fazer de uma pessoa dependente um cidadão produtivo, autônomo, capaz de se integrar plenamente na sociedade.
Entendemos que centros de P&D, ONGs, grandes, médios e pequenos empresários podem se unir formando consórcios sociais para pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de soluções inovadoras nas áreas de apoio a idosos, pessoas com deficiências, cidadãos com lesões temporárias ou permanentes, doenças degenerativas etc.
Temos espaços de qualquer custo, vemos poucos produtos nacionais.
Isso ficou evidente na visita que fizemos à ReaTech 2011 (Cascaes, 2011 - Inspirado na Reatech 2007) onde sentimos a falta das universidades e indústrias brasileiras, raras e dedicadas, via de regra, a projetos antigos. As novidades ficavam principalmente com empresas dedicadas às importações.
Temos incentivos ao uso de motocicletas, por exemplo. Obviamente o número de acidentes aumentou, muitos deles fatais e um número muito maior com lesões permanentes. Não seria o caso de se ter um apoio paralelo e proporcional à pesquisa e desenvolvimento de soluções para os ex-motoqueiros com deficiências?
As cidades aos poucos vão se tornando ambientes extremamente poluídos. Nelas as pessoas aceleram a perda da visão, da audição e sofrem acidentes. Essa multidão de brasileiros poderia ter, pelo menos, o apoio de nossas universidades em soluções inovadoras, de urbanismo a próteses e tratamentos de recuperação.
Está na hora de pensarmos de forma inteligente em torno das pessoas com deficiência atuais e futuras.
Que tal um consórcio social a favor da PcD?

Cascaes
1.6.2011

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: 2011 - Inspirado na Reatech 2007: http://inspiradonareatech2007.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Maior carência na Escola Esp. Vivian Marçal. Fonte: Amigos da Escola Vivian Marçal: http://osamigosdaescola.blogspot.com/2008/12/maior-carncia-na-escola-esp-vivian.html
Projetos, A. F.-F. (s.d.). FINEP. A Empresa, p. http://www.finep.gov.br/o_que_e_a_finep/a_empresa.asp?codSessaoOqueeFINEP=2.