segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Urbanismo e ciclomobilidade

A sobrevivência da Humanidade e as cidades
Fenômenos climáticos violentíssimos chamam a atenção para possíveis efeitos da Humanidade sobre o clima; a violência na mobilidade urbana assusta; montanhas de lixo e a poluição apavoram; a miséria é um pesadelo; a miopia de nossas autoridades irrita os nossos olhos e ouvidos...
O noticiário diariamente lembra a todos nós que estamos longe da sociedade ideal.
As dificuldades são, entretanto, um estímulo à criatividade e inovações, inclusive abandonando o que até recentemente era a quinta essência do prazer existencial, e voltando a métodos mais antigos de mobilidade urbana para exemplificar e tema de tantos estudos e interesses. Podemos muito, tudo depende da capacidade dos seres humanos; assim como destruir é rotina, talvez reconstruir seja a meta real e necessária a ser assumida com convicção pelas próximas gerações.
Perigosamente, contudo, os lobbies industriais pesam muito. Trilhões de dólares estão em jogo, assim a discussão na mídia comercial geralmente transita em torno de propostas suntuosas típicas desses países mais ricos (inclusive falseando ou errando números e parâmetros importantíssimos), esquecendo coisas mais simples como simplesmente caminhar e usar bicicletas. Para isso o que precisamos é educar e ajustar cidade, ruas, calçadas e até estradas aos pedestres e ciclistas.
Em tempo, caminhar e usar bicicletas são processos que não pagam royalties ou se o fazem é muito pouco nem criam dependências tecnológicas severas.
Felizmente temos exemplos sensacionais que colecionamos em nossas viagens (Cascaes, Lugares Preciosos), com destaque para a Colômbia, um país sul-americano, portanto fora do eixo do chope alemão e do vinho francês. Lá vimos em Bogotá, Zipaquirá e Cartagena de Las Índias (Cascaes, Fotografias em Cartagenas de las Indias, Bogotá e Zipaquira ) cuidados que esquecemos, mas que demonstram o vigor da inteligência humana, sempre que a competência técnica se alia ao poder político para o aprimoramento de decisões gerenciais.
 Urbanismo e serviços essenciais (Cascaes, Serviços Essenciais) são temas que afetam profundamente a vida de todos nós. As cidades são o nosso ambiente de vida social e graças às transformações permanentes e surpreendentes de padrões de usos e consumos contêm desafios imensos; talvez a conclusão mais importante seja a necessidade de um processo de reurbanização [ (Cascaes, Brasil 2050), (Cascaes, Reurbanização Inclusiva)] radical, se os cidadãos e cidadãs quiserem viver em ambientes saudáveis, seguros e prazerosos.
Essa foi uma ponderação feita entre brindes e comemorações com o Arquiteto Antenor Pinheiro, excelente companhia no Seminário Intermunicipal Camboriú e Balneário de Camboriú de Mobilidade Urbana realizado no Instituto Federal Catarinense em Camboriú, realizado por esta entidade e a Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú (www.acbc.com) e foco sutil da palestra (conforme nosso entendimento) do Presidente da Comissão Técnica de Bicicleta da ANTP, Arquiteto Antenor Pinheiro (Bicicleta, ética e urbanismo - um olhar sobre a crise da mobilidade - Antenor Pinheiro - ANTP , 2013).
Maravilhosamente começamos a ganhar conceitos de extremo valor, tais como o de “acalmar o centro das cidades” apresentado em detalhes pelo Arquiteto Antonio Carlos da Mattos Miranda no “1 Seminário de Tecnologia e Acessibilidade” e reafirmada no “Seminário Intermunicipal Camboriú e Balneário de Camboriú de Mobilidade Urbana”  [(Miranda, 2013), (Miranda, A mobilidade ciclística como fator de melhoria da qualidade de vida urbana e as ações e projetos para aumentá-la , 2013)].
Viver em cidades estressadas é um pesadelo com prejuízos à saúde física e mental de todos nós.
Por muitas razões a Humanidade precisa rever com urgência estratégias de vida e desenvolvimento, sob pena de até desaparecer em meio à fumaça e ferros de seus veículos e máquinas (Cascaes, Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente).
Nesse contexto, além de formas de planejamento e operação das cidades precisamos rever serviços essenciais, entre eles o transporte coletivo urbano (Cascaes, O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia A opção pelo transporte coletivo urbano ) e a vida mais simples e direta a pé simplesmente (Cascaes, Cidade do Pedestre).
Os serviços, projetos, processos de operação e manutenção, direitos e deveres das concessionárias são fundamentais (Cascaes) à vida em geral, mais ainda nas megalópoles que se formam, verdadeiras monstrópoles quando mal gerenciadas, precisam de aprimoramentos constantes, desde critérios de utilização até o de tarifação, operação, manutenção, planejamento, financiamento, novas tecnologias e padrões. Nada pior, por exemplo, do que simplesmente raciocinar em minimizar tarifas como infelizmente acontece para viabilização de usos e costumes inadequados.  Não deve ser tarefa para pessoas isoladas ou de formação restrita e seus amados tribunais e conselhos profissionais julgar projetos e contratos.
Precisamos sempre lembrar que as atividades das empresas que cuidam de serviços e produtos essenciais estão sujeitas a leis e decretos que o povo estabelece, pelo menos teoricamente, podendo, portanto, os contratos e editais de outorga de concessões serem produzidos principalmente para escaparem à frieza de grupos econômicos indiferentes à sorte de seus clientes.
O pesadelo urbano no Brasil é causado, entre outras “coisas”, pela redução dos preços dos combustíveis (demagogia?) e dos automóveis; como enfrentar essa avalanche motorizada agravada violentamente pelas motocicletas se as ruas não são elásticas e os pedestres nem sempre atletas perfeitos?
O seminário realizado no belíssimo campus do Instituto Federal Catarinense tratou dessa questão imaginando alternativas e restrições, serão suficientes?
Antes de tudo é fundamental a educação e evolução de nosso povo. Todas as técnicas possíveis e imagináveis serão ineficazes se não forem aceitas (por bem ou por mal) pelo povo.
A indigência técnica e de análise é um espanto e quem decide não mede consequências.
Um exemplo que merece reflexões é o das “lombadas eletrônicas”. Graças a usos inadequados os contratos em Curitiba, exemplificando, foram suspensos e anulados. Quantas pessoas perderam a vida ou ficaram com sequelas graves de acidentes por efeito da ausência de vigilância? Que padrões de serviços teremos se a lógica dominante for a de atribuir contratos a empresas que oferecerem os serviços e produtos de menor custo, ainda que aleguem respeitar contratos? Quem e que empresas de auditorias técnicas estarão preparadas para auditar serviços complexos?
Com certeza é fundamental a educação ética e a valorização de vocações em cursos e escolas, se não que profissionais teremos (Cascaes, A formação do Engenheiro e ser Engenheiro)?
Vivemos num ambiente de alienação e confusão na área de Engenharia, principalmente, diante da valorização excessiva de diplomas e do esquecimento da qualidade real do trabalho de bons profissionais e empresas. O fundamental é pagar e respeitar carimbos.
A precariedade das fiscalizações e a infinidade de selos holográficos com assinaturas extravagantes dando a ilusão de qualidade assustam... A corrupção caminha sem dificuldades nesses ambientes. Quanto maior a burocracia, mais fácil encontrar quem aceite ganhar pelas facilidades. Os escândalos recentes, os grandes, demonstram inequivocamente que algo está errado em nossa organização institucional e educacional.
Estamos numa época de escravização de profissionais, robotização e tentativa de alienação cultural. Fruto da pior espécie de política e formas de gerenciamento pagamos caro por essa estratégia equivocada de controle. Em países com tremenda vocação legiferante [ (ALESSANDRA DUARTE, 2011), (Azevedo, 2011), (Cascaes, As leis que estimulam o respeito aos ODM seriam para inglês ver? Acessibilidade é utopia? Inclusão no Brasil existe?l), (Rodrigues, 2002)] não existe limite para mais e mais degraus caríssimos para quem quer trabalhar honestamente. No Brasil impera a odiosa frase: o Governo paga (esquecendo que o dinheiro é do contribuinte e/ou do usuário).
O pior cenário é reservado para quem quer empreender, trabalhar.
Os assalariados, por sua vez, devem receber salários ridículos (exceto em poderes soberanos e no futebol) na prensa da competição.  Sentimos que o exercício de determinadas profissões se degrada com alto risco para a população em geral.
Os beneficiários da anarquia técnica aplaudem o ambiente nacional (vide área energética e de telecomunicações), propício a toda espécie de golpes, desde que bem elaborados.
O mais notável na estratégia da corrupção é a obediência radical ao formalismo de processos e procedimentos, mesmo sabendo que assim fazendo estarão prejudicando seus clientes e o povo em geral. Nos tribunais nacionais a jurisprudência e a habilidade de boas bancas de advogados liberam criminosos de qualquer espécie, desde que suficientemente ricos e poderosos, algo facilitado a empresas que souberam carimbar seus processos.
Na pátria do compadrismo e da corrupção, de lógicas tribais, levar vantagem em tudo parece ser a regra.
O pesadelo é imenso, pois somos habitantes de um território tropical em sua maior parte e quando há indícios fortes de elevação de temperatura global, ou seja, sujeitos a fenômenos meteorológicos violentos e piores do que os registrados nas últimas décadas (os fenômenos da Natureza são, de modo geral, cíclicos), devemos pensar seriamente na sobrevivência de todos, principalmente daqueles que não podem fugir para lugares seguros.
Nessa imensa máquina térmica as lógicas de planejamento, construção, operação e segurança merecem muita inteligência e visão holística de nossas ciências ocultas, discretas, protegidas, públicas, acadêmicas, formais, religiosas, ideológicas, caseiras, mundanas etc.
Todo o conhecimento humano não é muito para os próximos desafios. Neste cenário temos vícios comportamentais perigosos.
O corporativismo é um pesadelo e a comercialização radical do conhecimento humano algo temerário quando, como é o caso agora e sempre, precisamos de tudo para sobreviver.
Aos poucos os cientistas modernos, graças a processos de análise mais sinceros, percebem que no passado tivemos tremendas catástrofes com uma frequência muito maior do que imaginávamos. Na realidade qualquer aposentado com tempo e disposição para acompanhar reportagens científicas recentes deve sentir que o que os livros de papel (Cascaes, Ensino e literatura século 21) trazem é sempre um conjunto superado de conhecimentos. Maravilhosamente o conhecimento humano dispara sem pit-stop e a Tecnologia viabiliza processos de investigação infinitamente mais precisos do que tínhamos há poucas décadas.
A dúvida maior é em relação ao comportamento humano. Será ideológico, selvagem, que tipo de ética surgirá no século 21? Será dominante? Por enquanto as teocracias metafísicas, políticas, primárias, enfim, dão indicativos de virem a imperar. A ética melhor a favor da Humanidade, qual será (Cascaes, Livros e Filmes Especiais)?
E o Seminário Intermunicipal Camboriú e Balneário de Camboriú de Mobilidade Urbana?
Nele revimos análises que nos preocupam. As cidades têm limites. Os políticos, reféns de maiorias atuantes e poderosas decidem sem noção precisa de quanto erram. Nosso povo desconhece problemas, até de vizinhança com polos violentos de degradação ambiental, como parece ser o caso de Camboriú, a jusante de plantações de arroz, onde os agrotóxicos são usados em águas que depois vão para o pequeno rio que passa pela cidade. No Paraná tivemos o caso da poluição por resíduos de minério de chumbo em Adrianópolis, um bom exemplo dos cuidados e prevenção de tragédias silenciosas. Aliás, os rios paranaenses merecem estudos e maior transparência ao que se descobre em suas águas...
Águas ruins, cidades piores. O que assusta, contudo, é a aceitação tácita de carnificina em nossas ruas e estradas, até quando?
A palestra (Bicicleta, ética e urbanismo - um olhar sobre a crise da mobilidade - Antenor Pinheiro - ANTP , 2013) assim como todas as outras no Seminário Intermunicipal Camboriú e os artigos contidos no livro (Brasil Não Morizado, 2013) dão uma excelente visão do estado da arte em ciclomobilidade e urbanismo.
Na análise do “Seminário Intermunicipal Camboriú e Balneário de Camboriú de Mobilidade Urbana” que acompanhamos o que nos surpreendeu, entretanto, foi a omissão do pesadelo de idosos e pessoas com deficiência que precisam conviver com ciclistas e outros em ruas e calçadas. O destaque foi saber de viva voz o que o Instituto Federal Catarinense mantém a favor das pessoas com deficiência visual ou cegas: o treinamento de instrutores para utilização de “cães guia” (Cascaes, A pessoa com Deficiência Visual ). Valeu!
Esperamos que no dia 3 de dezembro as associações e políticos engajados na defesa das pessoas com deficiência promovam seminários, experiências e manifestações a favor da inclusão universal e do respeito a seus direitos (Cascaes, Direitos das Pessoas com Deficiência).
Cascaes
11.11.2013

ALESSANDRA DUARTE, C. O. (18 de 6 de 2011). Brasil faz 18 leis por dia, e a maioria vai para o lixo. Fonte: O GLOBO Política: http://oglobo.globo.com/politica/brasil-faz-18-leis-por-dia-a-maioria-vai-para-lixo-2873389
André G. Soares, R. R. (2013). Brasil Não Morizado. Curitiba: LaBemol.
Azevedo, R. (25 de 9 de 2011). Atenção, leitores! Eles criam 1.150 leis por dia para infernizar a nossa vida e nos tornar mais improdutivos menos felizes, mais pobres e menos inteligentes . Fonte: Veja - Blogs e Colunistas: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/atencao-leitores-eles-criam-1150-leis-por-dia-para-infernizar-a-nossa-vida-e-nos-tornar-mais-improdutivos-menos-felizes-mais-pobres-e-menos-inteligentes/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais: http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Reurbanização Inclusiva: http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Brasil 2050: http://brasil-2050.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A formação do Engenheiro e ser Engenheiro: http://aprender-e-ser-engenheiro.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência: http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A pessoa com Deficiência Visual : http://deficiente-visual-vida-e-luta.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia A opção pelo transporte coletivo urbano : http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre: http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Lugares Preciosos: http://lugares-preciosos.blogspot.com.br
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente: http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ensino e literatura século 21: http://ensino-e-literatura.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). As leis que estimulam o respeito aos ODM seriam para inglês ver? Acessibilidade é utopia? Inclusão no Brasil existe?l. Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC Registrar atividades relativas aos Objetivos do Milênio na cidade de Curitiba e s: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2013/06/as-leis-que-estimulam-o-respeito-aos.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Fotografias em Cartagenas de las Indias, Bogotá e Zipaquira . Fonte: Lugares Preciosos: http://lugares-preciosos.blogspot.com.br/2010/10/fotografias-em-cartagenas-de-las-indias.html
Miranda, A. (7 de 11 de 2013). A mobilidade ciclística como fator de melhoria da qualidade de vida urbana e as ações e projetos para aumentá-la . Fonte: Bike Way by the World : http://worldbikeway.blogspot.com.br/2013/11/blog-post.html
Miranda, A. (16 de 10 de 2013). Inovação para a Ciclomobilidade . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia : http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/inovacao-para-ciclomobilidade.html
Pinheiro, A. (8 de 11 de 2013). Bicicleta, ética e urbanismo - um olhar sobre a crise da mobilidade - Antenor Pinheiro - ANTP . Fonte: Bike Way by the World: http://worldbikeway.blogspot.com.br/2013/11/bicicleta-etica-e-urbanismo-um-olhar.html
Rodrigues, J. G. (10 de 2002). A inutilidade das leis (em demasia). Fonte: JUS navegandi: http://jus.com.br/revista/texto/3477/a-inutilidade-das-leis-em-demasia




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Uma análise a partir do 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE no INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ

Prisioneiros da indiferença ou ignorância
O IBGE e outras fontes de pesquisa mostram a situação de nosso povo, detalhes que a maioria da população desconhece aparecem merecendo avaliações profundas. Por exemplo, na  (Síntese de Indicadores Sociais) podemos analisar com mais detalhes a causa da imobilidade dos idosos (tabela 7.34, pg. 221 da (Síntese de Indicadores Sociais)), onde devemos acrescentar perguntando (refinando em estudos específicos) se os problemas enfrentados pelas pessoas na Terceira Idade foram causados por acidentes em trânsito enquanto pedestres e se não podem se deslocar pela precariedade dos circuitos dedicados ao caminhante.
Lamentavelmente o IBGE não desenvolveu um trabalho aceitável para as Pessoas com Deficiência (Garcia, 2010) no Censo de 2010, de qualquer forma outras fontes apontam para milhões de brasileiros e de brasileiras que esperam a oportunidade da inclusão, da acessibilidade para poderem usufruir de todas as oportunidades de trabalho, lazer, culto religioso, esportes etc. que a Ciência e a Tecnologia possam oferecer.
Mais ainda, é momento de investir pesadamente no desenvolvimento de soluções e na priorização da aplicação do conhecimento humano a favor da inclusão universal assim como em técnicas de recuperação da integridade física e mental perdidas em acidentes, doenças e heranças genéticas. O potencial é tão grande que é até difícil imaginar que novidades teremos.
Precisamos, contudo, sair gradativamente de discussões bizantinas para o mundo das soluções. O tempo é precioso e qualquer mobilização, seminário, reunião etc. custa muito tempo e dinheiro. Principalmente no Brasil carecemos de uma mentalidade funcional, eficaz.
Obviamente a Educação é um processo lento, demandando debates, aulas e acima de tudo do exemplo de pessoas paradigmáticas. A mídia pode fazer muito, é só querer. Sem educação adequada nem os cientistas e políticos sentirão motivação a favor do Planeta Gente.
Perdemos muito tempo, e agora?
Temos milhões de leis [ (Brasil faz 18 leis por dia, e a maioria vai para o lixo, 2011), (Atenção, leitores! Eles criam 1.150 leis por dia para infernizar a nossa vida e nos tornar mais improdutivos menos felizes, mais pobres e menos inteligentes , 2011), (A inutilidade das leis (em demasia), 2002)], inacreditavelmente assim como as leis são produzidas as desculpas formais se multiplicam, protelando questões essenciais ao ser humano brasiliensis.
Precisamos exercer intensamente a solucionática [ (Leandro), (Dadá Maravilha) "Não venha com a problemática que eu dou a solucionática"], lembrando que a melhor proposta pode ter origem a a partir de pessoas leigas, muito longe dos melhores centros acadêmicos.
Algumas áreas de “solucionática”, entretanto, exigem o melhor de equipes multidisciplinares. As pessoas com Deficiência esperam que da Medicina à Tecnologia de Materiais, reunindo todo o conhecimento humano tenhamos bons resultados. Isso já é possível em grandes centros de P&D e graças ao crescimento exponencial da Ciência e Tecnologia as esperanças são imensas, desde que a Humanidade use sua capacidade a favor do aprimoramento da vida.
O 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE realizado no excelente Centro de Eventos do  IEP, devidamente adaptado para receber pessoas com deficiência física, seminário dedicado principalmente à Tecnologia Assistiva, TA, mas apresentando palestras sobre autismo,  segurança, Direito, calçadas, urbanismo, ciclovias, ciclofaixas etc. mostrou, ouvindo com atenção os planos de Curitiba (por exemplo) que vamos levar muitos anos até chegarmos a um cenário de inclusão das pessoas com deficiência, idosos e idosas e até senhoras gestantes ou com carrinhos de bebê na capital paranaense. O atraso é imenso e tudo exige muito tempo e dinheiro, além de mudanças comportamentais que não acontecem por decreto.
Curitiba parece ter sido feita para turistas a verem de cima de ônibus de dois pisos e ao gosto e prazer de decoradores de cidade, agora o desafio é corrigi-la, não é pequeno.
É hostil e isso ficou evidente até na experiência espontânea na Rua das Flores (DIA 16 DE OUTUBRO, 11h00 horas, Laboratório na Rua das Flores (em frente à loja C&A, entre as ruas: Muricy e Marechal Floriano)). A imensa maioria das pessoas que utilizaram cadeiras de rodas sentiu o drama dos cadeirantes, inclusive o próprio presidente do IEP, eng. Cássio José Ribas de Macedo [ (Um espaço hostil aos cadeirantes , 2013), (Cascaes, A voz do povo na Rua das Flores em Curitiba- laboratório 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE , 2013)].
Outros flagrantes de desprezo pela pessoa com deficiência apareceram [ (LIBRAS?, 2013), (Cascaes, Descobrindo situações inusitadas - outras já conhecidas - 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE - INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ , 2013)] ilustrando a leniência de nossos políticos em relação a leis antigas, já regulamentadas há tempo, assim como em relação aos serviços essenciais, com destaque para a Saúde e o Ministério do Trabalho.
Temos dezenas de instituições de ensino e pesquisa em Curitiba (Instituições de ensino - Curitiba), o que produziram e podem fazer mais a favor de mais consciência em relação à comunidade?
O paradoxo brasileiro é a capacidade de chorar diante de situações dramáticas e de não fazer nada para que não se repitam, a menos que a mídia insista por muito tempo no tema.
Diante de tudo isso e do que vimos e ouvimos durante o Seminário ficou claro que o IEP pode e deve agir para motivar uma maior integração e conscientização da sociedade paranaense em relação aos temas acessibilidade e inclusão universal.
No Instituto de Engenharia, até aproveitando suas instalações excepcionalmente bem localizadas, vamos reunir pessoas atentas à acessibilidade e TA dispostas a um trabalho voluntário de mobilização a favor da inclusão universal, com destaque para lideranças acadêmicas, profissionais e empresariais que estiverem dispostas a desenvolver uma estratégia de ação.
 O Dr. Paulo J. Resende (FINEP - Área de fomento e novos negócios , 2013) demonstrou disposição de apoio (fundamental) à criação de uma cultura empreendedora a favor da TA e entre lideranças políticas esperamos ampliar o universo de apaixonados pela causa da Acessibilidade e Autonomia dos idosos e idosas, PcD e pessoas com doenças debilitantes e lesionantes. 
Seja qual for a realidade há o que fazer, principalmente na construção de uma estratégia de mobilização e organização de nossos cientistas empreendedores em projetos a favor da inclusão universal.
A favor da Tecnologia Assistiva o FINEP deverá ainda em 2013 lançar uma chamada pública para novos projetos (Cascaes, URGENTE - FINEP - Chamada Pública para Tecnologia Assistiva , 2013), oportunidade imperdível a todos os empreendedores atentos ao tremendo mercado da inclusão universal. Nesse momento nada melhor do que uma boa leitura dos gênios empresariais da internet, eles dão excelentes exemplos de mobilização de equipes e recursos. Talvez, contudo, nem eles conseguiriam bons resultados no Brasil, pátria amada de uma imensa e caríssima burocracia.
A esperança, contudo, é a de que encontremos motivação e caminhos para a solução de muitos de nossos problemas.
Calçadas? Depende infinitamente mais da vontade política do que a de profissionais dedicados ao assunto (Cascaes, Cidade do Pedestre). As propostas existem, o essencial é o Prefeito arregaçar as mangas, escolher estratégias e partir para a ação.
Em tudo, da inclusão escolar, passando pelo EAD [ (Cascaes, Ensino a Distância Inteligente), (Cascaes, Uma proposta de EAD)], segurança, saúde à mobilidade e inclusão universal a Ciência e a Tecnologia em parcerias com empreendedores competentes e ambientes proativos de P&D acontecerem os resultados virão.
Nessa esperança caminhamos ao desafiar todos os entes privados e públicos a se unirem, não podemos perder oportunidades que o (Viver sem Limite) trouxe e o FINEP anuncia.
Com a palavra também nossas estatais, onde, com certeza, muito pode ser feito.
Infelizmente a pressão para redução a qualquer custo de despesas operacionais está esvaziando essas empresas...
A miopia de gestores públicos é uma desgraça, poderiam fazer muito, contentam-se com o mínimo.
Precisamos diante de tudo isso criar novos espaços e identificar lideranças e grupos dispostos a assumir projetos, assim como convencer nossos prefeitos a atuarem de forma enérgica e inovadora a favor da inclusão universal.
Em 2013 teremos uma oportunidade para a qual temos tempo para uma mobilização, que é o lançamento de um edital de apoio a Tecnologias Assistivas pelo FINEP (Cascaes, URGENTE - FINEP - Chamada Pública para Tecnologia Assistiva , 2013).
Ótimo, com o apoio da Presidência do IEP estamos iniciando contatos para a realização de novo evento de apresentação dos termos desse edital quando for anunciado. Até lá promoveremos reuniões para discussão do que é possível fazer e precisarmos realizar para identificação de empreendedores e pesquisadores com potencial associativo.

Cascaes
21.10.2013

ALESSANDRA DUARTE, C. O. (18 de 6 de 2011). Brasil faz 18 leis por dia, e a maioria vai para o lixo. Fonte: O GLOBO Política: http://oglobo.globo.com/politica/brasil-faz-18-leis-por-dia-a-maioria-vai-para-lixo-2873389
Azevedo, R. (25 de 9 de 2011). Atenção, leitores! Eles criam 1.150 leis por dia para infernizar a nossa vida e nos tornar mais improdutivos menos felizes, mais pobres e menos inteligentes . Fonte: Veja - Blogs e Colunistas: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/atencao-leitores-eles-criam-1150-leis-por-dia-para-infernizar-a-nossa-vida-e-nos-tornar-mais-improdutivos-menos-felizes-mais-pobres-e-menos-inteligentes/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre: http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Ensino a Distância Inteligente: http://eadinteligente.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (16 de 10 de 2013). A voz do povo na Rua das Flores em Curitiba- laboratório 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/a-voz-do-povo-na-rua-das-flores-em.html
Cascaes, J. C. (16 de 10 de 2013). Descobrindo situações inusitadas - outras já conhecidas - 1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E ACESSIBILIDADE - INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/descobrindo-situacoes-inusitadas-outras.html
Cascaes, J. C. (18 de 10 de 2013). FINEP - Área de fomento e novos negócios . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia : http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/finep-area-de-fomento-e-novos-negocios.html
Cascaes, J. C. (16 de 10 de 2013). LIBRAS? Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/libras.html
Cascaes, J. C. (16 de 10 de 2013). Um espaço hostil aos cadeirantes . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/um-espaco-hostil-aos-cadeirantes.html
Cascaes, J. C. (18 de 10 de 2013). URGENTE - FINEP - Chamada Pública para Tecnologia Assistiva . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia : http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/urgente-finep-chamada-publica-para.html
Cascaes, J. C. (18 de 10 de 2013). URGENTE - FINEP - Chamada Pública para Tecnologia Assistiva . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade - Autonomia : http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/urgente-finep-chamada-publica-para.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Uma proposta de EAD. Fonte: Ensino e literatura século 21: http://ensino-e-literatura.blogspot.com.br/2008/07/uma-proposta-de-ead.html
Dadá Maravilha. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dad%C3%A1_Maravilha
Garcia, V. (2 de 5 de 2010). Carta de denúncia. Fonte: Deficiente Ciente: http://www.deficienteciente.com.br/2010/05/censo-do-ibge-2010-x-pessoas-com.html
Instituições de ensino - Curitiba. (s.d.). Acesso em 21 de 10 de 2013, disponível em educaedu Brasil: http://www.educaedu-brasil.com/centros/curitiba
Leandro. (s.d.). Monday, July 10, 2006. Fonte: Solucionática: http://solucionatica.blogspot.com.br/
Rodrigues, J. G. (10 de 2002). A inutilidade das leis (em demasia). Fonte: JUS navegandi: http://jus.com.br/revista/texto/3477/a-inutilidade-das-leis-em-demasia
Viver sem Limite. (s.d.). Fonte: Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_0.pdf


domingo, 20 de outubro de 2013

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lembrando a Petrobras

Tempos modernos, oportunismo, covardia e alienação técnica
A Humanidade sempre esteve atrasada em relação ao que era capaz e deveria cuidar. A gênese das guerras, períodos de terror, epidemias etc. demonstram que existe um vácuo gigantesco entre o que conseguiam fazer, tinham capacidade de gerenciar e o que seria necessário.
A fragilidade da mente humana levou-a a submissões estranhas e comportamentos padronizados, acima de tudo à submissão a lideranças circunstanciais e preparadas para explorar as fragilidades dos rebanhos.
Tudo suportável enquanto os seres humanos produziram formigueiros pequenos, viveram com limitações de trânsito e de destruição guerreira e acidental.
Agora até pequenas comunidades conseguem construir coisas gigantescas, bastando ter acesso a tecnologias específicas e capitais criados até nas gráficas do Banco Central dos EUA.
Dinheiro em tese seria um documento de troca de trabalho, possibilitando uma acumulação de valores à medida que uma diferença fosse criada. Perdeu-se, contudo, qualquer relação de valores materiais e morais, técnicos e éticos (se é que em alguma época isso existiu).
Na área da Engenharia chegamos a situações extremamente perigosas, pois a avaliação de projetos, instalações, operação e utilização de estruturas altamente complexas passaram para o reino das taxas de retorno e análise de balanço. A alienação é total, agravada pela exacerbação da esperteza de lideranças que sabem criar covardias e conveniências na cabecinha dos seres humanos.
Com certeza entre os sete bilhões de seres humanos existem pessoas extraordinariamente inteligentes que, onde estiverem, saberão usar as fraquezas da espécie humana a favor de seus interesses.
Vemos, contudo, os efeitos das limitações até dos mais inteligentes.
No Japão Fukushma é um exemplo concreto da ousadia mal avaliada e no Brasil as lógicas de dominação política de nosso povo destacam a exacerbação da covardia e do oportunismo.
Com destaque para os dois últimos titulares da Presidência da República, vemos a malandragem esperta com a intimidação explícita castrando e esterilizando quase duzentos milhões de brasileiros e brasileiras.
A história de nossas grandes estatais é um exemplo claro de desmonte gradual e bem “explicado” de organizações que poderiam ter muitos defeitos, mas que se desmancham sob estratégias de “combate à inflação” e até de corrupção pura e simples. A favor de quem?
Nunca foi segredo que tinham problemas. No mundo alienista atual, tempos de máxima informação e mínima educação, ou melhor, educação ao gosto e critério de ONGs e potências estrangeiras, vale tudo?
O que usam é a contabilidade rasteira.
Aos poucos barragens gigantescas passam à gerência rápida de grupos que vão explorar ao máximo o que puderem para ao final de algum prazo devolverem o que sobrar; em alto mar as decisões serão divididas com essa gente padrão mamute, capaz de tudo para dominar quem estiver ao lado.
O Governo (por incompetência inacreditável?) gerou uma situação de fragilidade financeira que teoricamente exige ações ao gosto da banca internacional.
Que maravilha para os predadores, aqui voltam a descobrir uma terra de gente que troca espelhinhos por suas riquezas...
Paralelamente ao entreguismo explícito criamos cenários perigosos, pura e simplesmente imponderáveis de risco à Natureza e à sobrevivência dos brasileiros.

Cascaes
20.10.2013



domingo, 13 de outubro de 2013

O Petróleo é de quem comprar?






De: RCM [mailto:araujorcm@globo.com]
Enviada em: sexta-feira, 11 de outubro de 2013 08:20
Para: RCM
Assunto: Como matar o setor de petróleo



Roberto Pereira d´Araujo


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

TGV, Fukushima, Costa Concórdia, TAM e catracas


Uma questão fundamental é se a Humanidade sabe e está em condições de aproveitar e gerenciar bem novas tecnologias e sistemas importantes à sua sobrevivência. O salto tecnológico foi enorme e caminha a passos acelerados exponencialmente. Nossas cabeças, contudo, têm inércia e poucas estão (se é que existem) preparadas para entender e administrar corretamente esse mundo Flash Gordon[1].
Na ignorância e dentro do que a maioria sabe fazer ficamos nas intrigas, maniqueísmo, leis absurdas e opção pela economia do crime.
Infelizmente trens de alta velocidade, usinas nucleares e até catracas curitibanas não esperam julgamentos e sempre podem culpar prepostos e mordomos...
No Japão o acidente de Fukushima dá um baile, falam pouco, contudo, dos acionistas que simplesmente queriam ganhar mais dinheiro do que podiam... Talvez, dentro do rigor típico da cultura japonesa, lá venham a enquadrar os verdadeiros responsáveis por aquela tragédia (TEPCO acusada de irresponsabilidade, 2013).
Talvez os tribunais japoneses agora criem limites ao DNA de empreendedores que expõem populações e clientes a riscos desconhecidos e inaceitáveis.
O acidente com o avião da TAM em Congonhas em 2007 (Acidente da TAM em Congonhas faz 6 anos; 3 réus serão julgados em agosto, 2013) e o desastre com o Navio Costa Concordia (Justiça condena responsáveis pelo naufrágio do navio Costa Concordia, 2013) demonstram que os culpados sempre são pessoas na operação, “falha humana” como nossa Presidenta gosta de vociferar. Os acionistas e grandes gerentes normalmente escapam sem maiores problemas.
Felizmente o mundo acorda graças às sovas que a humanidade tem levado [ (Economia Bandida), (Trabalho Interno), (Investigação nos EUA começa a desmontar outra rede criminosa no centro da finança mundial - Senhores e ladrões do universo, 2013)].
O interessante disso tudo é que poderia ser diferente se as empresas de seguro e fabricantes de editais quisessem. Nas seguradoras a preocupação concreta com o sucesso, se aceitarem riscos já é um bom sinal. Os editais, principalmente a partir de empresas públicas, estatais, devem parar de dizer como fazer e concentrar o foco no que se pretende quando se contrata ou compra algo. Se o cliente não sabe o que quer e não tem capacidade de colocar isso em no máximo 3 a 5 páginas datilografadas é um mau sinal, inclusive de desonestidade e licitações dirigidas. Dizendo com clareza o que se deseja abre-se o leque de proponentes, não submetidos a camisas de força exotéricas.
Felizmente o tempo avança. Futuristas calculam que dentro de meio século teremos centros de processamento de dados em condições de assimilar e fazer análises com base na totalidade do conhecimento humano universalizado. Dizem, inclusive, que esses CPDs serão compactados em computadores pequenos após mais meio século.
Maravilha, talvez assim a boa Engenharia de fabricação, construção, operação etc. volte a dominar.
Aliás, é tocante ler o artigo (Desastres ferroviários , 2013), onde o autor lembra de como era maravilhoso usar os trens europeus mais antigos nos tempos em que se admirava a natureza e não simplesmente os “pontos turísticos”, inventados para satisfazer a sede de fotografias “eu estou aqui”.
Vimos as notícias sobre as catracas dos ônibus de Curitiba, continuam desprezando o principal, a utilização de um sistema controlável à distância em condições de gerar números ao gosto do freguês. Não ocorre a nossas autoridades e até aos empresários a necessidade de auditorias técnicas severas e regulares. Quem estaria perdendo se alguma espécie de fraude e, ou, defeito estiver acontecendo?
Assim continuamos a querer sofisticações dia a dia maiores sem estarmos preparados para gerenciá-las.
O setor elétrico é um exemplo clássico dessa zorra (d´Araujo). Economistas, advogados e lobistas dão a impressão de mandarem mais do que qualquer prudência técnica. Assim vamos digerindo riscos absurdos e custos mal administrados, afinal o assunto é complexo e nem as agências reguladoras estão equipadas e preparadas para conduzir o imenso Sistema Interligado Nacional (SIN).
Nossos governantes menores reclamam da falta de recursos, por que não se unem a favor de uma reforma fiscal verdadeira e que contemple quem trabalha e dá aos estados e municípios condições de cumprirem suas obrigações?
Assim o Brasil avança e seu povo mais jovem sente que algo está errado. Felizmente todos já se cansaram de estratégias ideológicas e fantasias utópicas, precisamos, isso sim, de seriedade, competência e coragem para corrigir esse imenso Brasil mal nascido.
Cascaes
26.7.2013
Acidente da TAM em Congonhas faz 6 anos; 3 réus serão julgados em agosto. (17 de 7 de 2013). Fonte: Terra: http://noticias.terra.com.br/brasil/acidente-da-tam-em-congonhas-faz-6-anos-3-reus-serao-julgados-em-agosto,9b1b367ad39ef310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
Justiça condena responsáveis pelo naufrágio do navio Costa Concordia. (20 de 7 de 2013). Fonte: TUDO: http://www.jornaltudobh.com.br/mundo/justica-condena-responsaveis-pelo-naufragio-do-navio-costa-concordia/
TEPCO acusada de irresponsabilidade. (26 de 7 de 2013). Fonte: euronews: http://pt.euronews.com/2013/07/26/tepco-acusada-de-irresponsabilidade/
d´Araujo, R. P. (s.d.). Fonte: Roberto D'Araujo: http://robertodaraujo.blogspot.com.br/
Ferguson, C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2012/01/trabalho-interno.html
FREIRE, V. T. (26 de 7 de 2013). Investigação nos EUA começa a desmontar outra rede criminosa no centro da finança mundial - Senhores e ladrões do universo. Fonte: Perca Tempo - O Blog do Murilo: http://avaranda.blogspot.com.br/2013/07/senhores-e-ladroes-do-universo-vinicius.html?spref=fb
LAPOUGE, G. (26 de 7 de 2013). Desastres ferroviários . Fonte: Perca Tempo - O Blog do Murilo: http://avaranda.blogspot.com.br/2013/07/desastres-ferroviarios-gilles-lapouge.html?spref=fb
Napoleoni, L. (s.d.). Economia Bandida. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2010/06/economia-bandida.html








[1] Flash Gordon, criado por Alex Raymond, é o segundo herói espacial das histórias em quadrinhos (o primeiro foi Buck Rogers), e foi publicado pela primeira vez em uma prancha dominical de 7 de Janeiro de 1934 . Em 1933, a King Features Syndicate abriu um concurso para descobrir personagens de quadrinhos que rivalizassem comBuck Rogers e Tarzan de sua concorrente, a Pulitzer Syndicate. Alex Raymond se inscreveu e ganhou, passando a desenhar Flash Gordon e Jim das Selvas (que completava a página) para o New York American Journal, a partir de um domingo, 7 de Janeiro de 1934. Poucas semanas depois, Raymond passaria também a desenhar o Agente Secreto X-9, outra encomenda da King Features para contrabalançar o sucesso de Dick Tracy, da Pulitzer...
A história girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Editais, especificações, padrões, inclusão e autonomia para a PcD, idosos, pessoas com doenças debilitantes e aeroportos


Quantas páginas devem ser escritas para a contratação, construção e operação de grandes sistemas e instalações?
Algo de rotina e que nem sempre é eficaz, exceto para negociações paralelas e impublicáveis, é a construção de editais para outorga de concessões, contratação de fabricantes, empreiteiras etc.
Pilhas de papeis, inúmeras horas de projetistas e consultoria, relatórios etc., debates em conselhos que desconhecemos  e audiências públicas confusas que se perdem em detalhes acontecem sem que os resultados ao final justifiquem essa etapa de trabalho.
Tudo isso seria necessário?
O fundamental é dizer o que é condição essencial do serviço ou produto pretendido, conformidade com normas técnicas (a serem relacionadas), confiabilidade, condições de operação e, acima de tudo, penalidades após auditagens por empresas especializadas. Isso reduziria o edital a poucas páginas, acima de tudo reveladoras da competência dos clientes em relação ao que pretendem.
Não compramos casas e carros dizendo como devem ser feitas, colocamos com clareza aos construtores e vendedores o que queremos. Obviamente se o produto é fora de série obrigamo-nos a contratar especialistas para os projetos e pagamos caro pela exclusividade...
O Brasil evoluiu. Houve tempo em que nosso país era um espaço vazio de profissionais e sem bases para estabelecer com clareza o que precisava. Atualmente, graças à facilidade de comunicação e intercâmbio técnico pode-se dizer com clareza o que se pretende com o que se deseja contratar, deixando para empresas seguradoras o controle de qualidade e para o Poder Judiciário o julgamento de desvios.
A Tecnologia evolui, as pessoas se transformam, os cenários mudam diariamente.
Um caso que chama a atenção é a inclusão e acessibilidade. Maravilhosamente ganhamos soluções que gradativamente aumentam a autonomia de quem tem acesso ao que é criado e produzido. A Arquitetura tem novas diretrizes, com destaque o respeito ao ser humano e às suas limitações.
Chegar ao ponto de aceitar a submissão da beleza à segurança, acessibilidade e autonomia de idosos, PcD, pessoas com doenças debilitantes e crianças tem sido um calvário. Em qualquer lugar existe o capricho saudosista e a valorização de tempos passados, nem sempre tão nobres quanto dizem. Assim as cidades continuam tenebrosamente hostis a cidadãos fragilizados, sem perspectiva de mudanças de postura, pois o que vale é atender modismos que geram receitas...
Temos agências reguladoras. Elas surgiram com a privatização dos serviços essenciais. Será que deveriam legislar sobre leis existentes?
É interessante descobrir resoluções como, por exemplo, a Resolução ANAC Nº 280 DE 11/07/2013 (Federal). Ela parece dizer que a partir de sua publicação as normas técnicas e diretrizes da legislação existente a favor das pessoas com deficiência valem só a partir de agora e devem ser cumpridas.
É um documento perigoso à medida que dá a impressão de que antes dela não era necessário treinar pessoal de operação, criar condições de acessibilidade, adaptar instalações. Ou seja, fala-se mais uma vez de condições já determinadas por leis e decretos existentes.
Infelizmente normas técnicas exigem tempo para serem feitas, nesse caso pode-se fazer como antigamente, na ausência de normas brasileiras, é impositiva a submissão a normas técnicas internacionais ou de algum país de referência.
A partir daí simplifica-se documentos, editais, mas cria-se uma exigência maior, que é a funcionalidade do Poder judiciário, onde realmente encontramos fragilidades imensas na aplicação das leis brasileiras.
Ficamos parecendo cachorrinhos pequenos latindo sem parar, incapazes de causar medo.
A Copa do Mundo vem aí, o Papa está no Rio de Janeiro, as Olimpíadas mais tarde e nós dentro do Brasil sofrendo constrangimentos e limitações desnecessárias.
Para tudo bastaria simplesmente dizer para todas as agências, Ministérios Públicos, PROCONs, tribunais, delegacias etc., que se faça cumprir a legislação e normas técnicas existentes no Brasil e internacionais a favor dos idosos, PcDs, pessoas com doenças debilitantes, crianças e todos os brasileiros e brasileiras.
O resto é detalhe técnico que se aprimora sempre.

Cascaes
22.7.2013




terça-feira, 16 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Boa tarde, engenheiro Segunda-feira, 8 de julho de 2013. Ano 5. Número 1.107 - Excelentes reportagens do SENGE - PR

Boa tarde, engenheiro
Segunda-feira, 8 de julho de 2013. Ano 5. Número 1.107.

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Comissão de estudo da tarifa aponta erros no cálculo da passagem e sugere medidas imediatas à Prefeitura de Curitiba

Durante quatro meses a comissão analisou a metodologia e parâmetros utilizados para o Cálculo Tarifário. Foi constatado que o modelo apresenta distorções que oneram a tarifa de transporte coletivo da Rede Integrada de Transporte da Grande Curitiba. Segundo a comissão, que tem a participação do Senge-PR, itens utilizados para compor a tarifa estão com valores desatualizados desde a década de 1980. Leia mais em
<http://bit.ly/1daecdw>
Anatel investigará teles em caso de espionagem no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) instaurou procedimento de investigação para apurar se empresas de telecomunicações sediadas no Brasil violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (8), é em resposta a denúncias sobre um suposto sistema de espionagem de cidadãos brasileiros, feito pelo governo dos Estados Unidos por meio da internet e da telefonia. Reportagem publicada domingo (7) pelo jornal O Globo revelou que as comunicações do Brasil estavam entre os focos prioritários de monitoramento pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), segundo documentos divulgados pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden. Os dados eram monitorados por meio de um programa de vigilância eletrônica altamente secreto chamado Prism. Leia mais no Paraná Online em
<http://bit.ly/12TdYpw>
Moradores de ocupações e movimentos sociais fazem manifestação por moradias populares

Moradores de ocupações irregulares e integrantes de movimentos sociais fizeram uma manifestação pedindo moradias populares. Em Curitiba, uma em cada 10 pessoas vive em favelas, loteamentos clandestinos ou assentamentos. A 1ª Marcha Popular pela Cidadania reuniu cerca de 200 pessoas na região sul da cidade. O ponto de encontro dos manifestantes foi no parque Bela Vista do Passaúna, na CIC. Ouça a cobertura da rádio CBN Curiitba em
<http://bit.ly/16ZKXsg>
As manifestações de rua e a resposta do governo

As manifestações das últimas semanas no Brasil, iniciadas pelo Movimento do Passe Livre (MPL) e pouco a pouco ampliadas para diferentes setores da população, a grande maioria jovens, provocaram uma reviravolta. Depois de colocar quase um milhão de pessoas em 60 cidades, chegou a dois milhões de pessoas em 400 cidades. E finalmente o governo acordou. O móvel inicial das mobilizações foi o aumento da passagem, frente a um serviço de transportes insuficiente e de baixa qualidade. O móvel seguinte, que de repente colocou milhares nas ruas e não mais somente jovens, foi a repulsa à repressão policial, a exigência de respeito à democracia, ao direito de livre expressão e manifestação. Veja no Adital em
<http://bit.ly/17XX1yJ>
Algumas ideias para melhorar o combate à corrupção

Um dos pontos que chama atenção no atual momento político em que o país passa é o grande repúdio popular à corrupção. Esse repúdio, no entanto, precisa materializar-se em ação política que exija a adoção de medidas concretas, que possibilitem a redução da corrupção no país. Neste sentido, escrevo esse artigo para apontar algumas medidas que, a meu ver, podem tornar mais efetivo o combate à corrupção. Continue lendo no blog Acerto de Contas em
<http://bit.ly/1d3WKYd>
O segundo tempo do jogo econômico

Os nós da economia são da seguinte ordem: Houve uma melhoria substancial de renda, que gerou um mercado interno robusto. Mas provocou também um encarecimento da produção interna, devido ao aumento de insumos e de salários. O câmbio defasado não compensou o aumento de custos das empresas nem permitiu a geração de renda na indústria. Resultou em um aumento expressivo das importações, pressionando as contas externas, e um freio no crescimento da renda interna. E também dificuldades que deverão se acentuar nos próximos meses, especialmente na indústria e no varejo. Confira no jornal GGN em
<http://bit.ly/12m2INT>
A erosão do sentido da vida e as manifestações de rua

Está lentamente ficando claro que as massivas manifestações de rua ocorridas nos últimos tempos no Brasil, e também pelo mundo afora, expressam mais que reivindicações pontuais, como uma melhor qualidade do transporte urbano, melhor saúde, educação, saneamento, trabalho, segurança e uma repulsa à corrupção e à democracia das alianças sustentada por negociatas. Fermenta algo mais profundo, diria quase inconsciente, mas não menos real: o sentimento de uma ruptura generalizada, de frustração, de decepção, de erosão do sentido da vida, de angústia e medo face a uma tragédia ecológico-social que se anuncia por toda a parte e que pode pôr em risco o futuro comum da humanidade. Podemos ser uma das últimas gerações a habitar este planeta. Leia mais no site da Carta Maio em
<http://bit.ly/14XKoy3>
Sabe por que favela queima? Porque é feita de ignorância

Um incêndio consumiu parte de uma favela na região de Heliópolis, em São Paulo, matando - até agora - três pessoas segundo os bombeiros. Ninguém sabe a origem do fogo, mas moradores comentam que pode ser um balão. O poder público não risca o fósforo, gera o curto-circuito, entulha o lixo que foi combustível da desgraça de uma favela. Muito menos acende a estopa do balão. Da mesma forma, não são as mãos de líderes religiosos segurando a faca, o revólver ou a lâmpada fluorescente que atacam homossexuais nas grandes cidades brasileiras. Continue lendo no blog do jornalista Leonardo Sakamoto em
<http://bit.ly/181HePu>
OEA vai discutir bloqueio aéreo de países europeus a avião de Evo Morales

Nesta terça-feira (9), integrantes do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) vão se reunir para discutir o bloqueio aéreo feito por quatro países europeus à aeronave do presidente da Bolívia, Evo Morales. No início da semana, autoridades da França, da Itália, da Espanha e de Portugal não autorizaram que a aeronave, que vinha de Moscou, cruzasse o espaço aéreo alegando suspeitas de que o ex-funcionário da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos), Edward Snowden, estaria a bordo. O avião foi forçado a fazer um pouso de emergência na Áustria onde, segundo fontes de La Paz, foi revistado. Leia mais em
<http://bit.ly/14D0E8s>
"Foi um ano de farsa democrática", diz Samir Amin sobre o Egito

O presidente do Egito Mohammed Mursi foi deposto na última quarta-feira (3) pelas Forças Armadas após forte pressão popular. Em seu lugar, o ex-presidente da Suprema Corte, Adly Mahmud Mansur, foi jurado presidente interino do país. Em entrevista ao jornal italiano "Il Manifesto", o estudioso egípcio e membro do Partido Comunista Samir Amin, analisa o processo da eleição que levou Mursi à presidência e também chama a atenção ao que diz respeito ao futuro político do Egito, que elegerá um novo representante em outubro deste ano. Leia na íntegra no site do jornal Brasil de Fato em
<http://bit.ly/1a1llgo>
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Boa tarde, engenheiro
é um breve informativo diário do Senge-PR, com notícias sobre a atuação do Sindicato, informações e sugestões de leitura sobre o Paraná, o Brasil e o mundo editadas pela Assessoria de Comunicação. Críticas? Sugestões? Ideias? Escreva para comunica@senge-pr.org.br. Se você não gostou de receber o boletim, nos desculpe. Responda essa mensagem com a palavra "Excluir" no campo Assunto que retiramos seu e-mail da lista de assinantes