domingo, 16 de março de 2014

A privatização desmoralizada - Monitor Mercantil

A privatização desmoralizada - Monitor Mercantil

Inconsistências energéticas e políticas

O Brasil das meias soluções e o Setor Energético
Os serviços essenciais e as concessionárias que atuam áreas importantíssimas ao ser humano mostram vícios preocupantes, principalmente a prevalência das espertezas e armações sobre a boa Engenharia. Desde sempre a qualidade e a confiabilidade do saneamento básico, energia, transporte coletivo, serviços de saúde, educação etc. sofreram limitações impostas por conveniências até acadêmicas, mas, principalmente pela omissão e desonestidade intelectual de nossas lideranças.
Algumas exceções foram notáveis em certos períodos e marcaram cidades como Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e algumas cidades menores, menos conhecidas, mas empolgantes.
Governar é um ato complexo e extremamente exigente. Não é tarefa para pessoas despreparadas e alienadas.
A redemocratização que vivenciamos a partir da década de oitenta entronizou uma geração de líderes calouros para o exercício democrático. Perdemos partidos e políticos que antes de 1964 se enfrentavam e tinham cores ideológicas e éticas bem definidas. Talvez até não seja tão grande a diferença, pois a semelhança do PMDB a alguns que estavam sempre ao lado do Poder não é tão grande, mas falando da qualidade dos políticos...
Temos um cenário confuso e isso produziu leis e decisões piores ainda.
A Constituição de 1988 é uma mistura entre o Presidencialismo e o Parlamentarismo; nossos legisladores têm muita força se bem organizados, mas não têm a responsabilidade de governar. Assim o Brasil 2014 está submetido a uma coleção incrível de leis, decretos, normas e “articulações”, “blocões”, bases etc., o paraíso para aqueles que usam isso contra o povo.
O que hoje denominamos de serviços essenciais veio com a tecnologia e consciência adquiridas a partir da valorização da Ciência e Tecnologia; antes a Humanidade, reduzida ao clero, Corte, guerreiros, escravos e servos vivia pouco; a expectativa de vida do ser humano era curta, o foco era normalmente a simples e curta sobrevivência.
Agora temos a oportunidade de viver muito, de que maneira?
As maravilhas modernas são importantes. Para todas elas, contudo, precisamos de energia (elétrica, gasosa, líquida). De que forma usar, produzir, transportar etc.?
No Setor Energético estamos mais uma vez em crise de consistência.
As concessionárias mais voltam a servir de instrumento de combate à inflação (em grande parte provocada pelo PAC da Copa assim como ao renivelamento de classes mais pobres, inseridas numa classe média mais baixa, mas, felizmente capaz agora de consumir mais alimentos, por exemplo).
Se a simples perda de qualidade fosse o mal de nossa época ainda haveria como corrigir sem muitas dificuldades a maioria dos serviços e produtos. O que assusta é, entendendo e observando com mais detalhes o Setor Elétrico, o risco de faltar energia. Os erros acumulados e o quase racionamento, que não se realizou principalmente porque o Brasil desacelerou (Pibinho) mais a operação de usinas muito caras, que apresentarão a conta mais adiante.
Falamos que somos o país das meias soluções, pois é, criou-se, por exemplo, o Mercado Livre de Energia Elétrica; pararam no meio do caminho. Resultado, a maior parte dos brasileiros está num mercado cativo de concessionárias que estranhamente parece que erram demais na compra e venda de energia, na previsão climática, cargas, econômicas etc. O pessoal livre (eletrointensivas, grandes e médios consumidores) usufrui os benefícios da livre escolha de fornecedores e associação a consórcios para construção e operação de bons aproveitamentos energéticos (BNDES?).
A intermediação da energia (algo criado com a lógica de que a energia elétrica é uma commodity) viabiliza outros equívocos caros, tais como vender energia mal e recomprá-la caro.
Pior é o oportunismo até acadêmico em torno de soluções miraculosas. Subsídio é a palavra do momento, por acaso alguém desconhece que esse é um caminho perigoso, realmente conveniente em alguns casos, mas criador de mais uma sangria fiscal e operacional?
A viabilização da otimização da geração de energia depende de muitos estudos, monitoramento de dados e fatos técnicos, análises e relatórios, recursos de processamento e muito mais. É assustador sentir que tudo isso está subordinado ao desejo eleitoreiro da Corte, entre outros talvez impublicáveis. Ou seja, temos ou não transparência técnica? Para que o povo paga tantos encargos, taxas e impostos e assim mantêm institutos, agências reguladoras, centros de P&D e outras coisas? É justo estarmos sob risco de racionamento?
O mercantilismo radical é outro fator de desorganização.
A obsessão pelo lucro, introduzida até em empresas estatais graças à Participação de Lucros (pode? Outro tipo de sucumbência?), afasta bons técnicos da visão social e política necessária às empresas estratégicas ao nosso desenvolvimento.
Afinal, seremos um país sem governo ou não? Energia pode ser objeto de especulação e desperdício? É interessante perceber que nossas concessionárias silenciaram em relação à racionalização do uso da energia...
No Setor Energético a única panaceia é uma boa mistura de competência, honestidade e patriotismo.
Para concluir, será que nosso povo tem consciência do significado e consequências de racionamento de energia? Esqueceu 2001?

Cascaes
16.3.2014


Avenida das Torres e o Viaduto Estaiado - obras e projetos

terça-feira, 11 de março de 2014

Hoje investimos em educação mais de 5% do PIB


De: Pedro Cascaes
Enviada em: terça-feira, 11 de março de 2014 09:23
Para: Baby Cascaes
Assunto: Craques brasileiros

Excelente artigo do Senador Cristóvão Buarque.

Por favor leiam.
Mas, tentem lembrar de toda a polêmica em torno do pré-sal. Hoje produzindo perto de 450.000 barris dia e que diziam, jamais teríamos tecnologia para isso ou que sua produção só começaria lá por 2020 ou mais. Digo isso, porque os royalties do pré-sal vão  integralmente para a educação. 
Hoje investimos em educação mais de 5% do PIB, já estamos entre os dez países do mundo que mais investe proporcionalmente, mas com o pré-sal, apesar do chamada"oposição" dizer o contrário, confirmadas as previsões, em 2025 seremos o país que mais investirá em educação proporcionalmente em todo o mundo, quem sabe teremos então mais sabedoria para distinguir o certo do errado e enxergar a manipulação escandalosa de setores da imprensa, ONGs, articulistas, instituições externas as mais diversas que são uma constante em nosso país denegrindo de forma virulenta toda e qualquer iniciativa positiva.
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" O destino escolhe quem cruza nossas vidas,
as atitudes nos mostram quem fica. "




Paixão nacional. Um artigo de Cristovam Buarque




"Em cada dez dos melhores jogadores de futebol do mundo, pelo menos cinco são brasileiros. Entre todos os prêmios Nobel do mundo, nenhum é brasileiro. Entre os grandes jogadores brasileiros, quase todos têm origem pobre, enquanto quase todos os profissionais de nível superior vêm das camadas ricas e médias. 

Nestes tempos de Copa do Mundo, a TV e o rádio mostram, todos os dias, pequenas biografias dos nossos grandes jogadores. Em comum, todos têm o fato de terem começado a jogar futebol aos quatro anos de idade, em algum campo de pelada perto de casa, às vezes no quintal de um amigo. Todos continuaram, com persistência, o desenvolvimento de seus talentos. Transformaram-se em grandes craques, graças à oportunidade, ao talento e à persistência. 

No Brasil de hoje, 20 milhões de meninos jogam futebol. Se apenas um em cada dez mil tiver talento e persistência, nas próximas Copas teremos dois mil ótimos jogadores; se for um em cada um milhão, ainda assim teremos dois times completos, formados por grandes craques. 

O mesmo não vai acontecer com a ciência, a tecnologia e a literatura no Brasil. Não teremos 20 prêmios Nobel, nem mesmo juntando, a esses meninos, os outros 20 milhões de meninas. Porque poucos entrarão na escola aos quatro anos. Não terão acesso a verdadeiras escolas, não poderão persistir no desenvolvimento de talento, não terão livros ou computadores como têm bolas. 

O Brasil tem grandes craques graças ao gosto pelo futebol, ao tamanho da nossa população e ao fato de que todos têm acesso à bola e ao campo de pelada. Nosso país não tem, até hoje, nenhum Prêmio Nobel de Literatura ou Física, porque poucos têm acesso a ensino de qualidade desde a primeira infância, com professores bem remunerados, preparados e dedicados, dispondo de livros e computadores na quantidade e qualidade necessárias. 

Os campos e as bolas surgem espontaneamente, ou pelo esforço da comunidade e dos próprios meninos. A escola e os computadores só estarão à disposição se houver um esforço deliberado do país inteiro. 

Ninguém vira craque por sorte, e sim por talento e persistência. Mas, no Brasil, o desenvolvimento intelectual depende, antes de tudo, da sorte de nascer em uma família rica, em uma cidade próspera, com um prefeito que dê prioridade à educação. O talento e a persistência vêm depois porque, antes, precisam de oportunidade: uma escola de qualidade. O desenvolvimento intelectual depende de condições criadas pelo Estado nacional: escolas, livros, computadores, professores. 

Se tivéssemos feito isso há cinqüenta anos, o Brasil seria o campeão do saber, e não o lanterninha, posição que ocupamos atualmente. Se o fizermos agora, daqui a 20 anos teremos recuperado terreno, e aí teremos a chance de vencer não só a Copa do Mundo, mas também a Copa do Saber, do conhecimento, da ciência, da tecnologia, da literatura. Ganharemos as medalhas do Nobel, além das taças da Copa. 

Além do mais, teremos o capital e as bases para construirmos o Brasil do século XXI. O futebol deslumbra, mas só o saber constrói. 

Tudo isso, porém, enfrenta um grave impedimento: os brasileiros têm paixão pelo futebol. As vitórias emocionam, as derrotas deixam todos abatidos. Mas não existe a mesma paixão pela educação. Há semanas, os meios de comunicação informaram que estamos perdendo para o Haiti em termos de repetência escolar. Nada aconteceu, ninguém se incomodou. Se tivéssemos perdido para o Haiti no futebol, nossos jogadores teriam sido muito mal recebidos na sua volta ao Brasil. 

Para que as medalhas intelectuais cheguem, é preciso ter pela escola a mesma paixão que o Brasil tem pelo futebol. 

EUA - Brasil a eterna improvisação brasileira - o desprezo pela boa Engenharia

Cada vez mais pessoas têm pedido vistos permanentes para os EUA.

É que cada vez mais pessoas têm ido com maior frequência aos EUA.

Lá, os brasileiros passam a verificar que é perfeitamente possível fazer as coisas de forma bem feita. 

Todos voltam muito admirados dessas viagens, ao constatarem as construções limpas e bem organizadas, o trânsito ordenado, as estradas em condições impecáveis, os preços comparativamente ínfimos dos carros, a variedade e os baixos preços nos supermercados e nos shoppings,...

Em geral, tudo de lá é muito arrumadinho e funciona bem. Sem contar que ninguém agride ninguém e os serviços são prestados de forma extraordinária, profissionalizada.

Mas as pessoas retornam e, aí, vem o desgosto: a chegada nos nossos aeroportos já causa um mega impacto negativo... Quando se passa a perceber que, no Brasil, quase tudo é agora meia-boca, feito nas coxas... Ou, como se diz: feito "pra torcida", "pra Inglês ver"...

Graças ao PT, mais brasileiros têm viajado aos EUA. Para retornarem e constatarem a enorme tristeza de país que esse mesmo PT está fazendo do Brasil.

Nesses últimos 12 anos, o essencial (educação, segurança e saúde) deteriorou de forma absurda. E quanto à infra-estrutura, viramos campeões em "soluções anti-pó", em medidas intermediárias, na viabilização de obras improvisadas que depois acabam ficando...

Permanentes!... Como os vistos que os brasileiros, agora, passaram a solicitar.

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Por sorte nenhum pedestre estava por lá - e os ocupantes dos carros? Valeu a pena a pressa?