sexta-feira, 17 de abril de 2015

A sobrevivência diante de catástrofes universais é possível?




Interdependência e logística – a sobrevivência seria possível diante de grandes cataclismos[1]?

Nunca a Humanidade esteve em situação de tanta fragilidade quanto agora. Dependemos de tudo feito muito longe (1), até de armas e venenos que os fanáticos queiram usar para ditaduras ideológicas e religiosas. Vale ressaltar que as grandes potências faturam alto com a imbecilidade dos fundamentalistas (2).
O planeta Terra é complexo e depende de inúmeros fatores [ (3), (4), (5), (6), (7) etc.] para manter seu conjunto de características, algo, entretanto, que já mudou inúmeras vezes nessas dez últimas décadas, para usar um espaço cronológico infinitesimal. A terra transforma-se permanentemente. Fatores humanos afetam alguns aspectos de sua composição (8) e esse corpo celeste possui outros fatores de mudança, talvez menos visíveis mas em condições de alterar a vida de todos os seus habitantes em poucos minutos. Exemplos existem, mas quando aconteceram deixaram poucos testemunhos de possíveis civilizações...
O ser humano e seus ancestrais quase desapareceram sob o efeito de doenças, fome, vulcões, terremotos, maremotos, enchentes, secas, geleiras, meteoritos, explosões estelares etc. Placas tectônicas se deslocam e podem variar de altitude em relação aos oceanos, talvez sepultando continentes, tudo é mutante, mas alguns fenômenos podem acontecer com mais frequência.
É muito recente a descoberta da dimensão desses desastres em caráter global e nossos melhores cientistas são mobilizados para projetos guerreiros, afinal vendem seus potenciais de trabalho no pior capitalismo existente, o capitalismo intelectual. A propriedade intelectual e sua utilização comercial restringe o conhecimento e a educação quando finalmente a Humanidade conquistou sistemas de comunicação universais.
No processo neoliberal a produção se espalhou procurando facilidades (trabalho escravo, matéria prima de baixo custo, energia, mão de obra especializada, infraestrutura etc.); a tudo isso ganhamos a automação que deveria acontecer a favor do ser humano livrando-o de tarefas desumanas ou tediosas e liberando-o para o lazer, cultura e a educação de seus descendentes. A Tecnologia evolui, o comportamento não (9).
O ser humano não deixou ainda de ser o que era, um selvagem vestido (10). Procura conflitos e desperdiça seu tempo.
Podemos assim elencar fatores possíveis de tragédia para pessoas mal treinadas para a sobrevivência sem as facilidades industriais e outras essenciais.
Podemos e devemos perguntar, como seria a manutenção de nossas atividades se algum cataclismo acontecer?
Qual seria a logística[2] do que sobrasse?
O que continuaria funcionando?
Onde? de que jeito?
Perdemos autossuficiência em tudo para o estímulo ao consumismo irrefreado a favor de um progresso sem sustentabilidade. Nossos jovens e crianças nascem e vivem num mundo artificial, saberão sobreviver?
As cidades verticalizam-se e crescem além de qualquer limite razoável, vão resistir?
O que é surpreendente é a ausência de estratégias de planejamento para a sobrevivência em situações de crise ambiental (o que estamos vendo em São Paulo, improvisando diante da estiagem) e a visão irresponsável de tudo o que nos mantêm vivos.
No processo egoísta radical transmitido e ensinado sem maiores preocupações podemos estar condenando o futuro de nossa gente.

Cascaes
17.4.2015

1. Milanez, Luttiano Bruno. Um pouco sobre a Interdepência Complexa. Engenharia - Economia - Educação e Brasil . [Online] http://economia-engenharia-e-brasil.blogspot.com.br/2015/04/um-pouco-sobre-interdepencia-complexa.html.
2. On-Line, IHU. Comércio internacional de armas: os limites da defesa e do risco. Entrevista especial com Maurício Santoro. Instituto Humanitas UNISINOS. [Online] 10 de 8 de 2012. http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/512261-comercio-internacional-de-armas-os-limites-da-defesa-e-do-risco-entrevista-especial-com-mauricio-santoro.
3. Miranda, Lisboa. Tectónica de Placas - Lisboa Miranda . Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente e DEFESA CIVIL . [Online] http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/2015/04/tectonica-de-placas-lisboa-miranda.html.
4. Terremotos Desastres - National Geographic Documentales Español. [Online] National Geographic Documentales Español. Documentales Ciencia. http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/2015/04/terremotos-desastres-national.html.
6. Tesla, Wegener. COMETAS Y METEORITOS. Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente e DEFESA CIVIL . [Online] http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/2015/04/cometas-y-meteoritos.html.
7. Fermi, Wegener. IMPACTOS DE METEORITOS CONTRA LA TIERRA. Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente e DEFESA CIVIL . [Online] http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/2015/04/impactos-de-meteoritos-contra-la-tierra.html.
8. Cascaes, João Carlos. Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente e DEFESA CIVIL . [Online] http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/.
9. Direito sem Fronteiras - Regulação do comércio internacional de armas . Ações ODM e Justiça Social . [Online] 7 de 4 de 2015. http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2015/04/direito-sem-fronteiras-regulacao-do.html.
10. Cascaes, João Carlos. Livros e Filmes Especiais. [Online] http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/.






[1] Wikipédia - Cataclismo (grafado ocasionalmente como cataclisma) (do grego κατακλυσμός - kataklusmós, água, inundar, fazer desaparecer por inundação) é uma tragédia ambiental de caráter generalizado, como o Grande Terremoto do Leste do Japão ocorrido em março de 2011. São inundações repentinas, praticamente imprevisíveis e de quase impossivel prevenção, sendo a única maneira de salvar vidas a evacuação do local. Também tem como característica um alto número de fatalidades e grande prejuízo econômico para o local, sendo necessário anos, décadas em certos casos, para a recuperação total das estruturas locais.
[2] Wikipédia – A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A logística é uma subárea da Administração, envolvendo diversos recursos da engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do transporte e dos recursos humanos.
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional, onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações, ou seja, monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos na empresa.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).

terça-feira, 7 de abril de 2015

Qualidade e confiabilidade - atributos abandonados?




Se é verdade não sei mas temos uma certeza, comprar algo com qualidade...
A abertura do comércio internacional criou um desarranjo monumental em torno da qualidade e confiabilidade. Com certeza os mais ricos sabem e podem adquirir o que existe de melhor, e quem não é milionário?
O mercado internacionalizado para se viabilizar “fechou” os olhos para as normas técnicas, o trabalho escravo, a ausência de padrões de similaridade no trabalho, dumping e, finalmente, para a qualidade e confiabilidade do que adquirimos.
Essa lógica contaminou tudo e atualmente quando resolvemos comprar desde uma tomada até um local para morar arriscamo-nos a equívocos monumentais. A boa engenharia, arquitetura, design, ergonomia, segurança etc. deram lugar aos modismos e propagandas caríssimos, talvez mais eficazes do que simplesmente escolher o melhor que possamos pagar.
Todos podemos ser enganados. Falam em leis e estatutos, repartições públicas e Poder Judiciário, quem acredita realmente no sucesso desses apoios?
Com certeza famílias armadas de bons advogados e conhecimentos técnicos poderão ganhar algo, e quem não dispõe dessa artilharia?
Nossa, minha carreira profissional começou após curso na EFEI (IEI quando comecei) em trabalhos de auditagem técnica, recebimento de instalações de geração e alta tensão etc. e depois de um mestrado na UFSC em área de estudos e mais adiante voltando aos laboratórios e ensaios.
O Setor Elétrico não costuma perdoar aqueles que se atrevem a manusear suas instalações.
Passamos por muitas atividades, eu e minha equipe e assim após a aposentadoria forçada e necessidade de troca de residência e convivência mais direta com o povo via Lions em seus projetos sociais pudemos descobrir a amplitude das improvisações em nosso país.
Pior ainda, chegando ao número fatal dos setenta anos com diversas doenças sentimos o que significa a insensibilidade da má qualidade e falta de confiabilidade de cidades e condomínios mais preocupados com a estética do que com a segurança e funcionalidade.
É simplesmente inacreditável.
Querendo, ainda por cima, trocar componentes e comprar eletrodomésticos procuramos lojas e portais, o que sentimos?
O Brasil cresceu demais nesses últimos anos. Partimos de uma base técnica e de cidadania precárias. Ganhamos dirigentes sem formação adequada, ou melhor, sem respeito pelo cidadão comum (Lava Jato, metrôs, mensalões demonstram isso).  Tudo isso somado a crises cíclicas causadas pela má fé de partidos e pessoas dentro e fora do Governo. Que desastre.
Dizem que as novas gerações vão viver mais. De que jeito se deixamos para elas paradigmas tão errados?
É essencial para os jovens a compreensão de que herdarão um Brasil carente de uma nova cultura; das urnas eleitorais às lâmpadas, da educação ao esporte há muito a ser corrigido se nossos filhos e netos e bisnetos não quiserem perder de forma vexatória (7 a 1?) para outros povos...
Enquanto não mudarmos estaremos comprando gato por lebre, como diziam os antigos, traduzindo, gastando muito para continuar mais e mais mal servidos.
Precisamos de competência e exigência de padrões razoáveis de segurança, conforto, confiabilidade, detalhes que as embalagens e as propagandas alardeiam de serviços e produtos raramente em sintonia com o que dizem.

Cascaes

7.4.2015

Segurança doméstica - um espaço que precisa ser analisado e aprimorado a favor da segurança

domingo, 5 de abril de 2015

Turismo - pode ser muito mais do que lazer

Turismo Técnico
O desafio do século 21 será aprender sempre e estar na ponta da arte profissional escolhida além de conhecer e entender inovações em defesa da vida e tudo o que dela decorre em nosso planeta cada vez menor.
O turismo é a grande indústria sem chaminés, poderá ser muito mais, ou seja, um instrumento de aprendizado e intercâmbio de conhecimentos a favor de todos.
Desafiamos empreendedores de lazer a associarem a passeios lúdicos [1] e despreocupados momentos curtos ou até longos de visitas técnicas a instalações inovadoras nos lugares selecionados para o turismo quase inútil. Diante de responsabilidades sempre presentes, pelo menos em relação àqueles nos admiram, talvez tenhamos necessidade de aprender mais um pouco, ainda que dividindo tempo com grupos de turistas menos compromissados, normalmente mais atentos a lugares comuns onde poderão tirar fotografias padrão “eu estou aqui”, algo que se aprimorou e ganhou o estilo selfie.
Navegando pelo mundo nos mares da WEB podemos ter uma prévia de imagens, sons, textos e contatos passíveis de programação de visitas e agentes de turismo especializados saberão materializar contratos de visita especializados que, naturalmente, deverão interessar a grupos eventuais.
Algo inesquecível nos anos setenta era ver saindo de aviões batalhões de japoneses escondidos atrás de máquinas fotográficas. A revista Photo [2] mostrava gincanas de fotografia no Japão; só não dizia quanto aprenderam e souberam desenvolver em suas atividades profissionais sabendo usar magistralmente o que registravam. Antes disso vale lembrar o resultado das viagens de caravanas e barcos de toda espécie dos mercadores e esquadras guerreiras espalhando no mundo antigo artes e ofícios que mudaram a história da Humanidade.
Pessoas curiosas, arquivistas, escritoras, artistas, empreendedoras e criativas sempre criaram história e fazem a diferença.
E agora?
O que é fundamental é a compreensão de que a Humanidade precisa formar mutirões para a reversão de muitas situações de risco industrial e comercial aprendendo a criar novas tecnologias favoráveis à sua sustentabilidade [3].
Tudo indica, após os fenômenos naturais mais recentes, que chegamos a limites perigosos. Com certeza o pior só cresce graças ao fundamentalismo em todas as suas formas. A imensa tragédia é a coleção de conflitos guerreiros prejudiciais ao meio ambiente e mortais a milhões de crianças, idosos, gente humilde e sem jatos executivos para salvá-la de fanáticos dispostos a tudo para mostrar suas imbecilidades.
Sem as guerras, contudo, muita coisa poderá acontecer, inclusive cataclismos capazes de varrer a espécie humana [4].
A condição emergencial (se considerarmos o processo de decisão, projetos, viabilização, implantação e operação plena) impõe fraternidade e honestidade, acima de tudo uma visão crítica e séria das opções possíveis e prováveis.
O viajante lúcido, por exemplo (o que podemos fazer espontaneamente) estará atento a soluções encontradas, sempre lembrando a condição singular de sua própria comunidade (IDH, cultura, riqueza, ambiente, etc.), pois projetos errados poderão custar muito e significar perda de tempo precioso.
Com certeza sempre iremos esbarrar no capitalismo intelectual, frequentemente muito pior do que a simples acumulação de propriedades materiais. Esse câncer poderá ser contornado negociando-se oportunidades e com atenção para espaços não explorados, ainda que seja frequente descobrir patentes criminosas promovidas por estados corsários.
O que interessa, contudo, é o aproveitamento máximo de todas as oportunidades possíveis. Elas se multiplicam e é até lamentável sentir como as pessoas as desperdiçam. Muitos vivem no passado, ou melhor, usufruem “direitos” egoístas.
Naturalmente temos virtudes e defeitos valendo aí um processo de educação intenso que clubes de serviço e outras ONGs, empresas, corporações, Estado e escolas poderão estimular. Precisamos de sentimentos de fraternidade, ainda que nem sempre compreendidos.
O desafio é descobrir como salvar nossos descendentes, pessoas a quem amamos, revertendo situações insidiosamente venenosas.
Precisamos ter cuidado com atos simplesmente midiáticos, a solução poderá ser simples, mal cheirosa, feia de se ver, mas eficaz e necessária. Com certeza existe uma grande indústria e interesses políticos invasivos, a malícia é fundamental. Não podemos, contudo, esperar muito, tudo que estamos vendo aponta para a saturação de nosso planeta que já não aguenta a presença agressiva de massas humanas incultas e devastadoras.
Cascaes
1.4.2015

[1]
J. C. Cascaes, “Lugares preciosos,” [Online]. Available: http://lugares-preciosos.blogspot.com.br/.
[2]
“http://www.photo.fr/,” [Online]. Available: http://www.photo.fr/.
[3]
J. C. Cascaes. [Online]. Available: http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/.
[4]
“Asteroide gigantesco passou próximo da Terra no dia 27 de março,” 25 3 2015. [Online]. Available: http://www.galeriadometeorito.com/2015/03/asteroide-proximo-da-terra-27-marco.html#.VRv20PnF_sE.