terça-feira, 13 de junho de 2017

Avaliações técnicas, projetos, serviços e honestidade intelectual e

Indicadores, qualidade, confiabilidade e agências de fiscalização
Hoje, 13 de junho de 2017, o Jornal Nacional da Globo mostrou trechos de uma linha, pelo menos, do BRT na cidade do Rio de Janeiro. O que vi trouxe-me à lembrança os tempos em viajava pelo interior do Paraná e os motoristas da Copel mostravam suas habilidades em trafegar pelas estradas de barro. “Viram como se faz em exstrada com facão? ”
Na diretoria de Engenharia e Planejamento da URBS durante 3 anos (mudando de denominação eventualmente) aprendi muito sobre ruas e canaletas. Uma equipe excelente não cansava de me explicar como a pavimentação deveria ser feita e porque a linha Santa Cândida ao centro era tão ruim.
Na Copel vi muitos projetos volumosos, com detalhes demais e cheios de obviedades. Pior ainda era sentir as exigências para fazer PCHs (após minha estada na Copel onde aproveitei um PDV). Os projetos deveriam conter números e estudos absurdos, excesso de detalhes e falsas precisões. Energia firme com três dígitos...
Aliás, um problema sério foi e ainda deve ser a utilização de computadores, medidores e calculadoras digitais, “teorias de propagação de erro” perdem-se na beleza de mostrar serviço com muitos dígitos.
A incompetência técnica ou coisa pior é assombrosa.
Até os pedestres (e principalmente) são sujeitos a inúmeros acidentes, inclusive ao atravessar ruas e canaletas cheias de buracos, “facões”, armadilhas.
Infelizmente também vamos, par e passo, descobrindo a amplitude da corrupção no Brasil.
O corporativismo radical é outro pesadelo, existem instituições “acima de qualquer suspeita” e sem compromisso de desempenho, indicadores?
Neste cenário o que podemos fazer é pensar em soluções e leis racionais e carimbadas como exequíveis, prioritárias, eficazes. É uma piada ver até propostas impossíveis. No Brasil temos carências em tudo, principalmente na moralidade e honestidade intelectual.
Querem abrir o mercado de serviços, talvez o principal devesse começar fazendo concorrências internacionais para a contratação e a atuação como agências reguladoras, elaboração de normas técnicas, avaliações de risco técnico etc.
Talvez algum dia no futuro possamos fechar esse mercado...
Enquanto no cenário político e o jurídico discutem a corrupção colossal, o oceano de lama (atingiu outros países) produzido por aqui parou o Brasil. Inúmeros projetos prontos para serem iniciados esperam e perdem prazos de licenciamento (inúmeros carimbos).
O desemprego cria miséria; que futuro as crianças brasileiras mais pobres terão? Quantos ainda morrerão ou ficarão aleijados, estressados, psicados graças à desonestidade institucionalizada ou bem protegida por barreiras de DASs e gerentes podres?

Cascaes

13.6.2017

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